Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realizou, nesta terça-feira (11), reunião para tratar de questões referentes à saúde da mulher, em especial a mortalidade materna. O evento, proposto pela presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) da ALPB, a deputada Pollyanna Dutra (PSB), contou com a presença de profissionais da medicina e representantes de órgãos de saúde do estado.
Para a parlamentar, a mortalidade materna é um problema social complexo, mas que pode ser evitado. “A sociedade precisa entender que as mulheres estão morrendo por descuido. Como é que a gente explica que os municípios têm hoje quase 100% de sua plenitude de atenção básica, com o aumento de número de hospitais no estado da Paraíba, e o número de mulheres mortas por mortes evitáveis também têm aumentado? Então, algo está acontecendo de errado e a gente precisa unificar: onde é que está sendo o erro? É na atenção básica? É na médio ou alta complexidade?”, questionou Pollyanna.
O deputado Taciano Diniz (Avante) ressaltou que a contribuição de especialistas na discussão é fundamental para o avanço na redução dos índices negativos. “A deputada Pollyanna está de parabéns por trazer esse debater para a Casa, por causas preocupantes, já que os índices mostram que 98% das mortes maternas são de causas evitáveis, como complicações de partos, problemáticas relacionadas a infecções pós-parto e trans-operatório, e principalmente pela dificuldade em assistência pela grande demanda nas redes de referência das maternidades da Paraíba”, disse.
De acordo com o presidente do Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB), Roberto Magliano, um dos principais indicadores sociais de saúde da população é a taxa de mortalidade materna. “A Paraíba é um dos estados do Brasil onde esse índice está mais elevado e é preciso que se faça esse enfrentamento. Então, nesse contexto, eu parabenizo a Assembleia, por trazer esse assunto à baila, porque, sem dúvida, se todos nós nos unirmos será possível fazer com que ela se reduza”, afirmou.
Já a coordenadora da Saúde da Mulher da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Fátima Morais, destacou a importância da articulação com os municípios para enfrentar o tema. “A gente está trabalhando com várias estratégias e outras que pretendemos implantar. Estamos finalizando um plano de combate e prevenção da mortalidade materna com união de forças das gestões municipais, pois o Estado, por si só, não consegue reduzir esse índice, até porque as ações são desenvolvidas pelos municípios. Então, temos que ter essa parceria e corresponsabilidade para que a gente consiga ter sucesso nessa luta”, finalizou.
Também participaram da reunião os deputados Chió, Dr. Érico, Dra. Paula e Nabor Wanderley; e o médico obstetra Eduardo Fonseca.