Ser mulher, ainda hoje, é um desafio – que parece não aliviar nem mesmo durante o parto. Isso porque, segundo um novo estudo liberado pelo HuffPost norte-americano, uma em cada seis mulheres acreditam ter sido maltratadas ao darem à luz em hospitais.
A pesquisa, feita com mais de duas mil mulheres nos Estados Unidos, concluiu que 17% delas saíram da experiência com a sensação de que foram repreendidas ou ameaçadas, e ouviram gritos, foram ignoradas e até negadas em pedidos de ajuda – ou, ainda, uma combinação de tudo isso -, enquanto estavam em trabalho de parto.
A situação fica ainda mais grave quando se fala de mulheres negras, que se viram mais comumente em situações como essas, e também para mulheres de baixa renda.
“Eu fiquei surpresa ao saber que as duas formas de maus-tratos mais comuns durante o parto são a repreensão e os gritos”, disse Monica McLemore, professora assistente de medicina da família da Universidade da Califórnia, e autora do estudo. “Isso é inaceitável”.
Apesar de ser importante considerar o contexto em que o estudo foi feito e que, não necessariamente, todo parto feito em um hospital leva à maus-tratos, o fato é que muitas mulheres tiveram a sensação de estarem sendo repreendidas enquanto davam à luz, o que, obviamente, afeta a sua experiência como um todo.
Monica explica que existem formas de evitar que isso aconteça. “O seu trabalho é dar à luz”, diz ela, que sugere a contratação de uma doula, uma profissional que pode presar pelo bem-estar a mãe antes, durante e depois do parto, colaborando para uma experiência muito mais agradável e memorável.
Buscar por um hospital que tenha uma equipe médica unida e que preze por um atendimento colaborativo e humanizado.
Da Marie Claire