Duas mulheres assumirão postos importantes na União Europeia: a alemã Ursula von der Leyen e a francesa Christine Lagarde. Elas mostram a força que as mulheres estão ganhando em todo o mundo em ocupar cargos de liderança.
Os nomes foram indicados pelos membros da UE na última terça-feira (2), em um acordo, e devem ser ratificados em julho pelo Parlamento do bloco. A primeira, que é ministra da Defesa da Alemanha, será a nova presidente da Comissão Europeia. Já a segunda será presidente do Banco Central Europeu, substituindo o italiano Mario Draghi. Aos 63 anos, Lagarde é a diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI) desde 28 de junho de 2011 e já foi indicada várias vezes como uma das 100 mulheres mais influentes do mundo pela revista “Forbes”. Foi ministra das Finanças, Indústria e Emprego no governo do primeiro-ministro François Fillon, de 19 de junho de 2007 até 29 de junho de 2011. Anteriormente, havia sido ministra da Agricultura e Pescas durante um mês, entre maio e junho de 2007, no governo de François Fillon, e ministra do Comércio Exterior entre 2005-2007 no governo de Dominique de Villepin.
Ela é a aposta do presidente francês, Emmanuel Macron, para deixar a marca do país em Frankfurt. Além de ter entrado para a história como a primeira mulher na liderança do FMI, Lagarde também será a pioneira à frente do BCE.
Ursula von der Leyen, por sua vez, é ministra da Defesa da Alemanha desde dezembro de 2013 e expoente do partido União Democrata-Cristã (CDU), da chanceler Angela Merkel – posto para qual também já foi cotada várias vezes. Filha de Ernst Albrecht, o antigo primeiro-ministro do estado da Baixa Saxônia entre 1976 e 1990, ela nasceu e morou em Bruxelas até 1971. Von der Leyen tem formação em medicina e sete filhos, nascidos entre 1987 e 1999, frutos do relacionamento com o médico Heiko von der Leyen.
A sua carreira política começou nos anos 1990, quando se filiou ao CDU. Ocupou vários cargos regionais até ser eleita, em 2003, membro do Parlamento Estadual da Baixa Saxônia. Entre 2005 e 2009, foi ministra para a Família no governo de Merkel e, até 2013, guiou a pasta do Trabalho e Assuntos Sociais.
Sua chegada ao Ministério da Defesa, também como a primeira mulher a ocupar o posto, ocorreu no terceiro mandato de Merkel, em setembro de 2013.
Há dois anos, Von der Leyen se envolveu em uma tensão com a cúpula militar alemã, em uma polêmica sobre a presença de militares neonazistas nas Forças Armadas.
Da Revista Época