Gianni Infantino, presidente da Fifa, definiu a Copa do Mundo de 2019 realizada na França, como um marco para o futebol feminino. Uma empolgação que, ao que tudo indica, pode trazer algumas mudanças pontuais para o cenário da modalidade. Em entrevista coletiva nesta sexta-feira, em Lyon, o dirigente apresentou um discurso entusiasmado, sobretudo com o alcance deste Mundial.
– Antes de falar do futuro, vamos falar um pouco do presente. Essa Copa foi fenomenal, incrível, emocionante, apaixonante e fantástica. A melhor Copa Feminina de todos os tempos, a melhor da história. Temos um ”antes e o depois da Copa de 2019” no futebol feminino – disse o presidente da Fifa.
– Muitas pessoas assistiram futebol feminino pela primeira vez. O que eles viram é futebol. Temos atletas, mulheres e meninas jogando futebol com técnica, tática. Tivemos grandes jogos. Vimos alguns jogos ruins, claro, como em todos os torneios. Mas a maioria dos jogos foi fantástica. Milhares de espectadores (nos estádios), bilhões pelo mundo. Depende de nós garantir a oportunidade para fazermos algo sobre isso.
Após o discurso, Infantino se antecipou às perguntas e apresentou o que chamou de cinco propostas para o futebol feminino. Ele reiterou que as ideias estão na mesa, mas precisam ser apoiadas e votadas pelo conselho da Fifa. São elas:
Criação de um Mundial de Clubes Feminino o mais rápido possível
Criação da Liga Mundial Feminina (como a Liga das Nações na Europa)
Aumento do número de seleções na próxima Copa de 24 para 32
Dobrar as premiações na Copa do Mundo de 2023
Dobrar o investimento no desenvolvimento do esporte para 1 bilhão de dólares
– É nosso dever não esquecer o que construímos a partir disso. Não podemos apenas daqui a quatro anos fazer uma outra boa coletiva de imprensa. Temos que trabalhar a partir de agora, e é por isso que vou propor ao conselho da Fifa e a todas as associações a abraçar o desenvolvimento do futebol feminino – completou.
Do Globo Esporte.com