Mônica Conceição, de 21 anos, fez uma denúncia na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, em Cruzeiro do Sul, interior do Acre, nesta quarta-feira (10), contra o homem que tentou matá-la no dia 1º de abril deste ano. Segundo a mulher, depois que voltou para casa, ela e a família passaram a sofrer ameaças do suspeito.
Mônica passou mais de um mês em tratamento em Rio Branco depois de ser atingida por vários golpes de facão que acertaram a cabeça, o braço, a mão e uma perna.
O suspeito, João Dias, de 42 anos, teve um caso com a mulher que ficou grávida no relacionamento, mas perdeu a criança depois que sofreu a tentativa de homicídio.
A mulher estava no banheiro quando foi atacada. Um filho e a mãe dela também foram feridos com os golpes, mas os cortes foram menos graves.
Mônica foi transferida de Cruzeiro do Sul para Rio Branco, onde passou vários dias na UTI, mas apresentou melhora e retornou para a casa dela no ramal do Badejo do Meio, em Cruzeiro do Sul, onde o crime ocorreu.
Ameaças vêm de dentro do presídio
Segundo ela, depois que retornou, passou a receber ameaças do suspeito, que foi preso três dias após a tentativa de feminicídio e continua no presídio.
“Ele ameaça e conta para a mãe dele que vai fazer de novo. Quando sair vai terminar o serviço que começou. Diz que ainda não fez como queria, vai fazer quando sair”, conta a mulher.
A mulher que se envolveu com agressor agora conta com o apoio do marido com o qual já tinha quatro filhos.
Ela ainda está em recuperação e lembra como foi o dia das agressões sofridas pelo homem que seria o pai da criança que ela perdeu após a tentativa de feminicídio.
“Ele queria casar comigo e eu não quis e, no dia, só vi quando ele chegou com o facão e disse: ‘perdeu, perdeu vagabunda’. Aí ele já chegou abarcando e eu acho que ele fez isso porque não queria que eu ficasse com o meu marido, queria que eu ficasse com ele”, disse.
Com medo das ameaças, Mônica prestou queixa nesta quarta-feira à polícia. “Estamos fazendo as oitivas necessárias dessa jovem que está, inclusive, na cadeira de rodas para que tenhamos as informações dessa situação e consigamos incriminar o autor das ameaças”, afirmou o delegado Alexnaldo Batista.
Do G1