Dois vigilantes prisionais temporários suspeitos de estuprar detentas da Unidade Prisional de Pontalina, no sul de Goiás, foram indiciados pela Polícia Civil nesta quarta-feira (17). O caso aconteceu no mês passado, mas as investigações começaram no último dia 5, após o diretor da cadeia comunicar o caso à delegacia da cidade.
Segundo o delegado Patrick Carniel, o então vigilante Túlio Rosa da Silva violentou sexualmente uma presa, e Leandro Santana Rezende Chaves uma outra. “Os dois já tiveram a prisão preventiva decretada e estão foragidos”, disse Patrick. A reportagem não conseguiu localizar a defesa dos suspeitos.
A Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) informou que os dois vigilantes foram demitidos após a denúncia e que providenciou atendimento psicológico para as vítimas.
“No dia 15 de junho, por volta das 23h, eles chamaram as duas, que têm entre 25 e 30 anos, e disseram que precisavam conversar com elas separadamente sobre um desentendimento que as duas tiveram mais cedo. Cada um foi para uma sala com uma delas e cometeu o estupro”, contou o delegado.
Ainda segundo Patrick, no início do mês o caso chegou ao conhecimento da Polícia Civil, e as vítimas foram ouvidas. Segundo relataram, os vigilantes prisionais temporários teriam ameaçado as mulheres de instaurar procedimento administrativo disciplinar caso falassem sobre o crime para alguém.
“Elas ficaram com medo de responder ao procedimento e não contaram sobre o ocorrido”, informou o delegado.
As investigações apontam que o crime foi descoberto pelos colegas de trabalho dos vigilantes, que alertaram a direção do presídio, que, por sua vez, avisou a polícia.
O delegado informou também que, após registro da ocorrência e os depoimentos na delegacia, as vítimas foram encaminhadas ao Instituto Médico Legal de Morrinhos, onde o médico legista atestou o estupro.
“A gente tentou intimar os autores, mas, desde que tomaram conhecimento das investigações, eles fugiram”, afirmou Patrick. Diante disso, a Polícia Civil pediu a prisão preventiva dos autores, o que foi acatado pela Justiça.
Para Patrick, é importante a colaboração das pessoas para a localização dos foragidos. Qualquer informação sobre os dois pode ser passada pelo telefone 197, da Polícia Civil.
do G1/GO