O Ministério da Agricultura anunciou a autorização do registro de 51 agrotóxicos, conforme publicado em Diário Oficial da União (DOU) nesta segunda-feira 22. Deste número, 44 são defensivos “genéricos” de princípios ativos já autorizados no país. A pasta já contabiliza 262 produtos agrotóxicos liberados só em 2o19.
Na nova leva de defensivos permitidos para autorização, estão produtos classificados como “altamente tóxicos” e “extremamente tóxicos”, segundo o próprio diário oficial. Há, por exemplo, um herbicida à base do ingrediente ativo florpirauxifen-benzil, usado para o controle de plantas daninhas na cultura do arroz.
O princípio ativo sulfoxaflor, que controla pragas como pulgão, mosca-branca e psilídeo, também está presente em produtos registrados. O Ministério da Agricultura promete que o uso do inseticida no Brasil deve seguir orientações estabelecidas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).
Segundo a pasta, de 2016 para 2017, o número de registros de defensivos passou de 277 para 405. Há cerca de 2 mil produtos na fila para serem avaliados. Em nota, o Ministério argumenta que a liberação dos registros se deve a “ganhos de eficiência possibilitados por medidas desburocratizantes implementadas nos três órgãos nos últimos anos”.
“O fato de haver mais marcas disponíveis no mercado não significa que vai aumentar o uso de defensivos no campo. O que determina o consumo é a existência ou não de pragas, doenças e plantas daninhas. Os agricultores querem usar cada vez menos em suas plantações, pois os defensivos são caros e representam 30% do custo de produção”, diz a nota.
Da Revista Fórum