Gabriella Custódio |
Gabriella Custódio da Silva, 20 anos, foi abandonada na terça-feira (23) pelo namorado no pronto-socorro do Hospital Bethesda, em Joinville, segundo a direção da unidade. Em menos de um minuto, o suspeito tirou a vítima do porta-mala do carro e fugiu, conforme registros das câmeras de segurança do local. Ele não foi encontrado até a tarde desta quarta-feira (24).
A jovem morreu após ser baleada na casa da sogra no distrito de Pirabeiraba, em Joinville. A Polícia Civil investiga o caso como feminicídio e o principal suspeito é o companheiro.
“Quem estava ali, o próprio guarda, o próprio pessoal que estava ali, viram que ela chegou dentro do porta-mala. Depois que ele deixou ela, ia pegar os documentos pra fazer a ficha, mas não retornou mais”, disse o diretor do Hospital Bethesda, Hilário Dalmann.
Nas imagens de câmeras de segurança do hospital, o namorado chega na recepção do pronto-atendimento às 17h24. Na sequência, pede ajuda a enfermeiros e entra com ela no colo. Menos de um minuto depois, manobrando o carro e sai do hospital.
“Foi tentado reanimar durante 20 minutos, sem sucesso, porque ela chegou sem sinais vitais. Ela levou um tiro no tórax superior direito”, explicou o diretor da unidade.
Investigação
O delegado Eliezer Bertinotti, responsável pela investigação, trata o caso como um feminicídio. Ele ainda analisa pedir a prisão do suspeito.
“Os primeiros dados que a gente recebe, a gente instaura o procedimento de acordo com aquilo que a gente recebe. O que a gente tem até agora, é que o companheiro efetuou disparo contra companheira”, explica o delegado.
A sogra de Gabriella já prestou depoimento, e afirma que ouviu o disparo, mas não viu o casal após o tiro, segundo a Polícia Civil. Os policiais que atenderam a ocorrência também prestaram depoimento.
O carro foi apreendido e arma usada no crime não foi encontrada até a tarde desta quarta-feira.
Conforme o delegado Bertinotti, o namorado saiu do hospital e retornou para casa, onde deixou o veículo e fugiu. Em seguida, ele teria entrado em contato com pai dele para pedir ajuda. Um amigo do pai foi retirar o carro da casa.
“Quando o amigo do pai estava saindo com o veículo, a polícia chegou ao local, e realizou a prisão dele por embriaguez ao volante, já que ele estava sob o efeito de bebida alcoólica”, explica Bertinotti.
A Polícia Militar foi quem abordou o homem. Conforme o major Screpanti, foram feitas rondas em busca da GM Captiva. O carro foi encontrado com três ocupantes, todos testemunhas do crime. O motorista estava alcoolizado.