Se é um fato que o Brasil é um país machista e racista, também é fato que as mulheres negras representam a classe mais ameaçada e violentada do país.
Dados publicados pelo Instituto Patrícia Galvão apontam que as mulheres negras representam:
58,86% das mulheres vítimas de violência doméstica; 53,6% das vítimas de mortalidade materna; 65,9% das vítimas de violência obstétrica; 68,8% das mulheres mortas por agressão.
Elas também sofrem duas vezes mais chances de serem assassinadas que as mulheres brancas, e entre 2003 e 2013, apesar da queda de 9,8% no total de homicídios de mulheres brancas, a taxa de homicídios de negras aumentaram 54,2%.
As mulheres negras ainda sofrem com a falta de equidade na hora de conseguir emprego e remuneração justa.
Hoje, 25 de julho, celebramos o Dia Internacional da Mulher Negra.
A data foi instituída através da Lei nº 12.987/2014 pela ex-presidenta Dilma Rousseff, em alusão à Tereza de Benguela, como homenagem à líder quilombola.
Tereza foi rainha do quilombo do Quariterê, no Mato Grosso. Durante sua liderança, criou um parlamento local, organizou a produção de armas, a colheita e o plantio de alimentos e chefiou a fabricação de tecidos que eram vendidos nas vilas próximas.
É um dia de luta, celebração e respeito às raízes.