foto:Brasil de Fato |
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) impediu a continuidade do faixaço Lula Livre, na manhã desta terça-feira, 30, que estava ocorrendo numa passarela da BR 230, em frente ao Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ). O ato faz parte de uma campanha nacional pela liberdade do ex-presidente Lula.
Três manifestantes subiram na passarela da BR-230 com algumas faixas denunciando a prisão política de Lula, a farsa montada pelo ex-juiz Sérgio Moro e pelo procurador Deltan Dallagnol, e defendendo a democracia. Em uma das faixas, havia a frase do papa Francisco na carta solidária endereçada a Lula: “a verdade vencerá a mentira.” Segundo Daniel, do Comitê Nacional Lula Livre, muitos motoristas buzinavam seus carros em apoio ao ato, enquanto alguns poucos xingavam. Mas tudo ocorria normalmente.
Por volta das 7:40h, dois policiais rodoviários federais foram impedir a continuação do faixaço. Um ficou na BR dizendo que aquele ato não podia acontecer, que estava atrapalhando o trânsito devido à poluição visual. Um outro policial subiu na passarela e pediu para que os manifestantes descessem e encerrassem a manifestação. Sentindo-se intimidados, os três retiraram as faixas e desceram, sendo acompanhados pelo policial.
A ex-vereadora Paula Frassinete, professora aposentada da UFPB, militante ambiental e integrante do Comitê Estadual Lula Livre, também esteve presente. “Vários faixaços tinham ocorrido anteriormente. Nunca houve algum impedimento. Um policial disse que não poderíamos está ali. Eu disse que estávamos em um processo democrático e tínhamos o direito de protestar. O policial disse que entendia, mas falou que o ato estava tirando atenção dos motoristas”, disse.
De acordo com Paula, os policiais foram educados, mas em nenhum momento ela viu embargo no trânsito na rodovia federal. Um motorista havia parado anteriormente e feito filmagens, segundo ela, pode ter sido por meio dele que a PRF chegou ali. “O faixaço é atividade nacional, acontece em todos os estados e capitais. Não se tem notícia de nenhum impedimento, apenas aqui na Paraíba”, ressaltou.
Para Cely Andrade, coordenadora do Comitê Estadual Lula Livre a ação foi abusiva. “O faixaço não é de hoje. Não só naquele espaço. Já fizemos no viaduto da Epitácio, da Pedro II, e em nenhum momento a polícia impediu. Nunca deu descontinuidade nas atividades. Em nenhum estado teve algum tipo de ação da PRF. Aqui foi absurdo. Mas vamos continuar fazendo o faixaço. Temos o direito de protestar. Não vão nos impedir”, disse.