O assassino fugiu. A PM foi até a festa e encontrou o corpo. Como os policiais não encontraram o responsável pelos disparos, não houve flagrante. Ele apareceu na cadeia com o advogado três dias depois, confessou o crime e saiu da delegacia pela porta da frente.
“Nós da família estamos sofrendo muito ainda. É difícil aceitar que ela esteja morta, e o assassino, solto, vivendo a vida dele”, afirmou um familiar que prefere não se identificar. Até fugir, o rapaz era o encarregado de cuidar de um sítio em um município vizinho.
Ele saiu da cidade antes do pedido de prisão preventiva, feito após a conclusão do inquérito policial, que levou 30 dias. Segundo esse familiar, uma pessoa que tem contato com o suspeito comunicou seu
paradeiro à família e à Polícia Civil. “Ele fugiu para Santa Catarina”, diz. “A polícia já tem o endereço dele, só que não foi atrás ainda, não sei por quê. Essa história está mal contada.”
O delegado responsável pelo caso, Edison Clem, afirmou que “não há nada de concreto” na
informação sobre o paradeiro do homem e que não poderia confirmar se de fato ele fugiu para o Sul do país. “Não posso dar essa informação.”
Questionado sobre as razões para não efetuar a prisão após a confissão em depoimento, o delegado
disse que precisou seguir a lei. “Sou delegado, devo seguir a lei, e ela me impõe essa situação. Se eu
prendo ele após a confissão, seria abuso de autoridade e quem estaria preso agora sou eu.”
Família chora e pede prisão de autor do crime
Morta na frente dos filhos, Vanderléia deixa quatro crianças: uma menina de seis anos e três meninos –de oito anos, de quatro anos e de dez meses. “Ele ainda mamava no peito”, diz a familiar. “A menina e os dois mais velhos choram pedindo a mãe.”
Enquanto o bebê e a menina foram morar com a mãe de Vanderléia, os dois meninos ficaram com o pai e a avó paterna. “Minha mãe chora e diz o tempo todo que o que ela mais quer é que esse homem seja preso.”
com informações do UOL