Quanto tempo por dia você fica no celular? Estudos já apontaram problemas de saúde mental e física ligados ao uso de dispositivos móveis. Entretanto, uma nova pesquisa revela a associação de smartphones com a obesidade e o pior é que entre as mulheres os números mostram o dobro de probabilidade, chegando a 59% o risco.
Pesquisadores da Universidade Simón Bolívar (Colômbia) descobriram que quem passa cinco ou mais horas por dia no celular tem um risco 43% maior de se tornar obeso. Foram analisados 1.000 mulheres e homens universitários e seus comportamentos em relação ao uso diário de smartphone entre junho e dezembro de 2018.
Homens x mulheres
A probabilidade de ter obesidade sob estas condições é ainda mais elevada entre as mulheres. Os cientistas apontaram que elas apresentam o dobro da chance (59%) de ter excesso de peso quando comparadas com homens (30%).
Mais fast-food, menos exercícios
O estudo ainda mostra que pessoas que usam o celular a partir de cinco horas diárias têm duas vezes mais propensão a ingerir alimentos e bebidas não-saudáveis (refrigerantes, fast-food e doces).
Esses mesmos indivíduos têm menores chances de praticarem qualquer atividade física regularmente, comportamento que também reflete um maior risco de desenvolver obesidade.
O estudo reforçou que ficar muito tempo em frente ao celular aumenta o sedentarismo e reduz a prática de exercícios. Tais atitudes potencializam riscos de morte prematura, diabetes, câncer, lesões musculares e articulares, hipertensão, parada cardíaca e outras doenças.
População obesa
No Brasil, a obesidade afeta mais da metade (54%) da população, e o número tem aumentado progressivamente. Os dados são da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel).
A estimativa é de que em 2025 haja aproximadamente 700 milhões de adultos com obesidade no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Os números são bastante preocupantes em relação à saúde pública e à taxa de mortalidade, já que a obesidade pode causar outras doenças potencialmente fatais – como diabetes e infarto.
Do Portal Terra