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É cada vez mais o comum o relato de mulheres que reclamar de fotos íntimas, de homens que elas não conhecem e que não foram solicitadas, que chegam de repente por aplicativos de mensagens. Além de ser constrangedor, por vários motivos, é invasivo, abusivo e desnecessário. Mas de ontem vem esse “desejo” de homens aleatórios em querer disseminar suas partes íntimas?
Um estudo conduzido por especialistas do Canadá e dos Estados Unidos revelou que parte dos homens que enviam nudes não solicitados, mostrando seus órgãos sexuais, querem provocar reações negativas nas mulheres. Então, mais uma vez, a ciência da pesquisa vem nos mostrar aquilo que já suspeitávamos.
A pesquisa, publicada no Journal of Sex Research,contou com a participação de 1.087 voluntários que se declararam homens heterossexuais. Entre eles, 48% assumiram já ter mandado uma imagem do pênis para alguém que não pediu.
De acordo com os pesquisadores, que fazem parte da Universidade Politécnica de Kwantlen (Canadá), do Universidade da Colúmbia Britânica (Canadá) e da Universidade Estadual da Pensilvânia (EUA), 82% daqueles que enviaram as fotos disseram que o fizeram para excitar sexualmente as destinatárias; 50% assinalaram a opção (era possível marcar mais de uma no questionário) de que esperavam que as mulheres se sentissem atraentes; 22% queriam que a pessoa que recebeu se sentisse valorizada. Mas também são altos os percentuais do desejo de fazer algum mal.
A opção “para chocar” foi marcada por quase 17% dos homens que mandam imagens do seu pênis sem ninguém pedir. Provocar medo (15%) e nojo (11%) também foram assinalados como intuitos. Gerar raiva e vergonha aparecem com 8% cada . Fazer a outra pessoa se sentir desvalorizada é o objetivo de quase 7%. Alguns homens têm sérios problemas a resolver.
Em outro questionário da mesma pesquisa, também usado para entender a motivação do envio dos nudes não solicitados, respostas relacionadas a “poder e controle”, “conflitos não resolvidos da infância” e “misoginia” foram assinaladas por, respectivamente. Nesse caso, o melhor a fazer é se tratar.
da redação, com informações da Revista Galileu