A homofobia começa a ser reprimida no futebol. Nesta quarta-feira, no Campeonato Francês, a partida entre Nice e Olympique de Marselha, na Costa Azul, ficou cerca de 10 minutos paralisada por conta de cânticos homofóbicos e também dois cartazes preconceituosos expostos pela torcida do Nice na arquibancada. O árbitro Clément Turpin só autorizou o reinício quando os banners foram retirados. O jogo terminou com vitória dos visitantes por 2 a 1.
De início, a torcida do Nice expôs uma faixa com os dizeres “Boas vindas ao grupo Ineos: em Nice também amamos os gays”. A torcida utilizou o termo francês “pédale”, que literalmente quer dizer pedais de bicicleta, em referência ao time de ciclismo comprado pelo grupo Ineos, que agora é o novo proprietário do clube de futebol. No entanto, o termo “pedale” em francês também significa gay de uma maneira pejorativa. Já a segunda faixa dizia “LFP: currais cheios para estádios ainda mais gays”.
O jogo foi interrompido aos 28 minutos do primeiro tempo, e a equipe do Olympique chegou a voltar para os vestiários. Depois de a partida ter sido reiniciada, Benedetto abriu o placar para o time de Marselha. O ex-jogador do Boca Juniors fez seu primeiro gol pelo clube. No segundo tempo, Wylan Cyprien empatou de pênalti, e Payet voltou a colocar o time visitante na frente do placar.
No Brasil, um episódio muito parecido ocorreu no último domingo. Na partida entre Vasco e São Paulo, parte da torcida vascaína entoou um cântico homofóbico. Na ocasião, o árbitro Anderson Daronco também paralisou a partida. O técnico Luxemburgo e os jogadores inclusive tiveram que pedir aos torcedores para que parassem de cantar a música preconceituosa. Em nota, o Vasco repudiou o ocorrido e reiterou que homofobia é crime.
Do Globo Esporte.com