Nesse dia dos Professores, nossa homenagem vai para cinco professoras e educadoras que conseguiram ir além do ofício de ensinar. Conheça a história dessas mulheres fantásticas e o legado que conseguiram deixar não só aos seus alunos, mas à toda educação do país.
1. Heley de Abreu Silva Batista
Heley de Abreu Silva Batista |
Mas o ato de coragem custou a vida de Heley, que teve 90% de seu corpo queimado. Ela não resistiu aos ferimentos e morreu poucas horas depois, no hospital. Na tragédia, dez crianças morreram, outras duas funcionárias da creche, além de Damião, o autor do ataque.
2. Dorina Nowill
Dorina Nowill |
A educadora Dorina Nowill (1919-2009) perdeu a visão aos 17 anos. Ela foi a primeira aluna cega a frequentar um curso regular na Escola Normal Caetano de Campos, no centro de São Paulo, onde se formou como professora. Posteriormente, se especializou em Educação de cegos na Universidade de Columbia, em Nova York. Em 1946, criou a Fundação para o Livro do Cego no Brasil e, em 1948, fundou a primeira imprensa Braille em grande escala do país, que imprimia livros didáticos e outros documentos. Dorina também dirigiu a Campanha Nacional de Educação de Cegos, do Ministério da Educação e Cultura (MEC), que criou os primeiros serviços de Educação de cegos no país e também lutou pelas aberturas de vagas para pessoas com deficiência visual no mundo do trabalho.
3. Débora Seabra
Débora Seabra |
Débora Seabra foi primeira professora com Síndrome de Down do Brasil. Formada em magistério na EE Professor Luis Antônio, em Natal, ela trabalha como professora assistente em turmas de Educação Infantil e 1º ano do Ensino Fundamental, desde 2004. Quando ela nasceu, na década de 1980, pouco se sabia no Brasil sobre a trissomia do cromossomo 21, ou Síndrome de Down, mas seus pais sempre fizeram questão de que ela estudasse em instituições de ensino regular. Hoje, ela também dá palestras em vários países e já lançou um livro de fábulas infantis. Leia aqui um depoimento da professora Débora sobre sua trajetória.
4. Êda Luiz
Êda Luiz |
Coordenadora pedagógica do Cieja (Centro de Integração de Jovens e Adultos) do Campo Limpo, na zona sul de São Paulo, Êda Luiz transformou a instituição em um lugar onde o aprendizado é percebido e experimentado dentro e fora da sala de aula, extrapolando as disciplinas curriculares. Êda é responsável por tentar desenvolver um modelo de escola democrática: um espaço educativo aberto à comunidade, com acesso livre, sem trancas e de mútuo respeito entre as pessoas. A educadora assume influência de Paulo Freire, quem conheceu em um curso na PUC (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo). Protagonista de uma história de dedicação à educação, ela já foi também professora em escola rural e na antiga Febem (Fundação Estadual do Bem Estar do Menor).
5. Débora Garofalo
Débora Garofalo |
Pelas mãos dela e de seus alunos, que têm entre 6 e 14 anos, o lixo jogado nas ruas das favelas de São Paulo se transforma em soluções para problemas da comunidade. Garrafas pet, vidro, restos de fiação viram filtro de água, semáforo, máquina de sorvete, e até tecnologia de energia renovável para substituir o gato elétrico em casas da favela.
Assim nasceu o projeto “Robótica com Sucata” – que virou referência no Brasil e ganhou a atenção do mundo. Em quatro anos, mais de 700 kg de lixo foram retirados das ruas pelos estudantes e Débora foi considerada uma das 10 melhores professoras do mundo.