A igualdade salarial já foi motivo de protesto da craque brasileira Marta. Durante a Copa do Mundo Feminina, ela mostrou ao mundo sua indignação pelo abismo que existe no pagamento dos homens e mulheres que atuam no futebol de alta performance.
E esta semana veio um exemplo muito bacana que poderia ocorrer no nosso país. A Federação Australiana de Futebol (FFA) anunciou que vai começar a pagar igualmente as suas seleções masculina e feminina. A decisão visa distribuir melhor a atenção e os recursos entre as duas seleções de futebol do país.
O pacto foi chamado de Acordo de Negociação Coletiva (CBA, na sigla em inglês) e tem duração de quatro anos. Os dois times terão que dividir igualmente o valor correspondente a 24% da soma da receita gerada pelas equipes. Além disso, 5% desse valor ainda será revertido para investimento nas categorias de base masculina e feminina.
A FFA ainda explicou que as jogadoras convocadas serão divididas em três categorias. As que estiverem na categoria um vão receber o mesmo salário dos principais jogadores da seleção masculina. As Matildas (como é chamada a seleção feminina) também usarão classe executiva em viagens internacionais, assim como os Socceroos (time masculino).
A porcentagem de premiações relativas a competições importantes também aumentou. Na Copa do Mundo, a porcentagem subiu de 30% para 40% em caso de classificação, e pode aumentar para 50% se a seleção australiana passar para as oitavas de final. Para a Copa da Ásia, o benefício aumentou de 30% para 33%, com possibilidade de virar 40% com um bom desempenho.
FFA, PFA e todos as jogadoras estão orgulhosas de liderar neste caminho de dar igualdade de gênero em um jogo que amamos. Este acordo é produto de gerações das Matildas e seus torcedores defendendo uma mudança real. Este momento pertence a todos eles também”, vibrou a ex-jogadora da seleção australiana e Chefe de Desenvolvimento do Esporte da FFA, Sarah Walsh.
Com o IBahia