Foto: Fafá Teles |
Se você veio até aqui em busca de um texto com dicas de dietas e malhação, preste atenção: este é um texto sobre empoderamento e liberdade. E não estamos falando de textos vazios, de frases feitas sobre o amor próprio, quando esse só vale para mulheres que estão dentro do padrão de beleza exigido pelo mundo opressor da moda.
Trago a vocês um relato de uma mulher gorda e feliz, que descobriu o caminho do amor próprio e do mar. Com vocês, Polyanna Gomes:
“O amor avançou sobre mim; não pediu licença, só pegou pela minha mão e me puxou pra dentro dos meus sentimentos feridos. Oficialmente só me entreguei nos braços do mar em 2017, ou seja, 7 anos depois que cheguei em João Pessoa. Eu tinha vergonha de mim, desse corpo, da minha história física, da minha genética potente; tinha medo de ser agredida por olhares risonhos e preconceituosos. Foram tantos anos emagrecendo e engordando, chorando calada por piadas gordofóbicas.
Mas conheci mulheres incríveis que me fizeram entender que minha felicidade é mais poderosa e forte do que qualquer preconceito. Hoje, mesmo ainda aos tropeços, e aprendendo com esse amor avassalador que me trouxe de volta pra mim, posso dizer: sou uma mulher que busca ser feliz, sou uma mulher gorda que aprende todo dia a amar essas curvas, essas perninhas finas e essa barriga maravilhosa.
Foto: Fafá Teles |
Dia difícil para os preconceituosos: Poly saiu ao mar desfilando num corpo de verão grande, poderoso, e feliz. Poly abraçou todo esse amor e se sente querida por ela mesma, se sente amada, compreendida.
Poly está vivendo uma louca paixão por ela mesma. Não quer nada contido, quer extravasar toda felicidade por essa relação que só cresce, entorpece e faz amor.”
Agora pare e reflita: você tem um corpo de praia?
Márcia Marques, especial para o Paraíba Feminina, com depoimento de Polyana Gomes