A robô virtual ISA.bot, disponível no Messenger do Facebook e no Google Assistente desde o fim de novembro de 2019, traz informações e ajuda imediata para mulheres que sofrem violência no ambiente digital, como assédio e compartilhamento de imagens íntimas sem consentimento.
Acrônimo para “informação”, “segurança” e acolhimento”, a ISA foi criada com o objetivo de tornar a internet um lugar mais seguro para as mulheres — 7 em cada 10 já foram agredidas nas redes sociais, diz uma mensagem da inteligência artificial quando alguém a procura.
Assim que é contatada no Facebook ou no Google, a assistente pode oferecer auxílio a três tipos de público, conforme a preferência de quem a procurar. A primeira opção (“Ajuda agora”) traz informações para quem precisa de suporte imediato, mostrando como coletar provas de casos de violência e encontrar profissionais que podem dar apoio.
A segunda opção (“Saber mais”) traz dicas de longo prazo, indicando como a usuária pode aumentar sua segurança nas redes sociais, usar ferramentas de denúncia nas plataformas e ajudar a tornar a internet um ambiente mais acolhedor. A terceira (“Modo ativista”), por fim, é voltada a ativistas, que são alvos mais frequentes de ataques na internet.
Acesse a página da ISA.bot no Facebook. Abaixo da foto de capa do perfil, à direita, há um botão em que se lê “enviar mensagem”. Ali você pode entrar em contato com o robô e receber informações.
NO GOOGLE ASSISTENTE
Acesse o Google Assistente em seu smartphone. Após dizer em voz alta “Ok, Google”, comando que aciona o assistente virtual, diga “Falar com Robô ISA”. As mensagens da robô aparecerão em seguida.
MODO ATIVISTA
Ativistas que desejam assistência da ISA.bot podem procurar ajuda tanto no Google quanto no Facebook, mas antes disso devem enviar um email para [email protected] e pedir a palavra-chave para acionar os serviços do “Modo ativista” nas duas plataformas. Assim que conseguirem a palavra, basta dizê-la no Google ou no Messenger.
Apenas uma orientação
Apesar de indicar o caminho para as mulheres, a ISA.bot não faz denúncias dos casos de violência quando é procurada. As informações fornecidas pelas usuárias nas interações com a robô são acessadas exclusivamente pelas equipes que administram o chat e não podem ser vendidas ou divulgadas a outros, segundo o site da iniciativa.
A ISA.bot surgiu a partir dos projetos Conexões que Salvam, da organização Think Olga, e Mapa do Acolhimento, do Nossas.org. Ambos os projetos têm como foco a proteção de mulheres contra a violência nas redes e fora delas — o Mapa do Acolhimento, por exemplo, conecta vítimas a psicólogas e advogadas. A robô virtual tem também apoio do Facebook, do Google e da ONU Mulheres.
Do Nexo Jornal