Criada em 2012, a Coordenadoria Municipal de Promoção da Cidadania LGBT de João Pessoa, fechou o ano de 2019 com o saldo positivo nas ações de inclusão, atendimento, auxílio e inclusão para a população LGBT da Capital.
Foram promovidas mais de 25 oficinas sobre violência, gênero e racismo em escolas municipais, CRAS e Casas de Acolhida. Além de feiras de saúde, empregabilidade e serviços, também foram realizados Fóruns de saúde mental para a população de rua e diversidade sexual, e uma extensa programação no Novembro Negro, com debates sobre racismo e intolerância religiosa.Os servidores do município também passaram por capacitação, à exemplo dos profissionais que atuam nas unidades de saúde e os servidores da CBTU.
Oficina sobre diversidade nas escolas |
De acordo com Roberto Maia, coordenador de Promoção à Cidadania LGBT, o núcleo ainda conta com assessoria jurídica para mudança de nome social (serviço gratuito), conseguiu acesso para ao mercado de trabalho para 65 pessoas trans, que hoje têm carteira assinada, realizou 25 cursos profissionalizantes, além de aulas de inglês, francês, espanhol e libras.
“A população LGBT precisa de um atendimento focado também na cidadania, e não só em saúde”, afirma Maia, lembrando que antes o foco era prevenção e cuidados relativos à IST/HIV/Aids.
Debate sobre racismo e intolerância religiosa |
“Essa população precisa de emprego, de moradia, acessar a universidade. Nossa missão é fazer com que essas pessoas sejam acolhidas na sua integralidade. Temos um aumento na população de rua LGBT, nos casos de depressão e tentativas de suicídio, por isso focamos também no atendimento mental e emocional”, afirma o coordenador, lembrando que são realizados uma média de 100 atendimentos psicoterapêutico por semana e com fila de espera.
Para dar conta do trabalho, a coordenadoria conta com uma equipe fixa de 10 pessoas e a parceria de 4 projetos de extensão, e mais 20 estagiários.
Taty Valéria