As mulheres compõem um terço dos conselhos executivos, mas ocupam apenas uma pequena minoria de cargos de liderança nas maiores empresas da Europa, segundo um estudo de uma organização sem fins lucrativos patrocinada pela União Europeia (UE).
O estudo, publicado nesta quarta-feira pela associação europeia Women on Boards, com sede em Bruxelas, averiguou que apenas 28 empresas chefiadas por mulheres estão incluídas no índice europeu STOXX 600, que acompanha empresas de 17 países europeus. Apenas 7% dessas empresas possuem cargos na diretoria ocupados por mulheres.
As Nações Unidas estabeleceram um prazo até 2030 para alcançar a igualdade de gênero, mas estudos indicam que nenhum país ainda o conseguiu.
Apesar das boas intenções, “o mundo corporativo de hoje ainda está longe da igualdade de gênero”, disse Päivi Jokinen, presidenta da associação.
O relatório não ofereceu recomendações específicas, mas Jokinen disse que a pesquisa sugere que os países que têm adotado legislação sobre diversidade e cotas vinculativas não parecem se sair melhor do que aqueles em que houve progresso por meio da mudança social.
Entre os 12 países com pelo menos 10 empresas representadas, a Noruega ficou em primeiro lugar no quesito de diversidade de gênero, seguida pela França, que tinha o maior número de mulheres em conselhos de supervisão e comitês de controle. No outro extremo da tabela, a Espanha possui a segunda menor pontuação de diversidade de gênero, com a Suíça fechando o ranking.
O estudo nomeou a empresa imobiliária sueca Castellum, o grupo de luxo francês Kering e o grupo de serviços alimentares e gestão de instalações francês Sodexo como as três principais empresas do índice em diversidade de gênero.
O estudo incluiu 598 empresas listadas no índice. Ele não fez comparações em relação à edição do ano anterior, que tinha uma amostra muito menor.
Da Época