Um governo em completa e total crise. Econômica, social e moral. A ‘promessa’ de acabar com a corrupção era tão inverossímil quanto o kit gay, mas, estamos numa democracia afinal. E mesmo com as provas de uma eleição totalmente manipulada por disparos de mensagens no whatsapp com fake News absurdas, o presidente eleito foi o Bolsonaro e nós, brasileiros, estamos tendo que engolir em seco seu desgoverno.
O último escândalo envolve a SECOM Federal. De acordo com uma denúncia feita pela Folha de São Paulo, o chefe da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República), Fabio Wajngarten, é sócio de uma empresa e, por meio dela, recebe dinheiro de emissoras e de agências de publicidade contratadas pelo governo de Jair Bolsonaro. A Secom é responsável por administrar a distribuição de verba para propagandas do governo. Em 2019, a Secretaria gastou gastou R$ 197 milhões em campanhas.
Diante de mais essa ‘dor de cabeça’, o presidente resolveu se defender da forma que lhe é mais peculiar: agredindo jornalistas e fugindo da imprensa. A vergonha alheia não conhece limites.
Tormenta – O livro lançado pela jornalista Thaís Oyama, “Tormenta — o governo Bolsonaro: crises, intrigas e segredos”, e que conta os podres do primeiro ano de governo, deixou Bolsonaro ainda mais desnorteado.
Alguns trechos da obra já conhecidos, dão conta do desequilíbrio mental/emocional tanto do presidente, quanto do filho Carlos, o Zero Dois, que ganhou um capítulo inteiro em sua homenagem.
Acuado pelas próprias lambanças e de seus colaboradores, no ministério mais desqualificado desde a época da ditadura militar, Bolsonaro se defendeu atacando. Chamou Thaís de “japonesa”, numa clara manifestação de xenofobia e ignorância, como se uma etnia fosse motivo de insulto.
De acordo com a pesquisa Datafolha, divulgada no final de 2019, Bolsonaro foi o presidente com maior índice de rejeição num primeiro mandato.
Acuado, desacreditado, abandonado pelos seus pares, aparentando estar desequilibrado mentalmente, cercado por auxiliares incompetentes e desqualificados, o presidente representa um risco ainda maior para o país, já tão massacrado pela falta de emprego, pela estagnação da economia, pelo aumento da violência contra os mais vulneráveis, e pela desesperança.
Taty Valéria