Todos os dias convivemos e reportamos neste espaço casos e mais casos de mulheres que são agredidas pelos mais diversos motivos. Mas, o relato a seguir, causa ainda mais indignação pelo motivo cruel: um ex que não queria mais ver o próprio filho.
O caso de violência contra a mulher acima citado ocorreu em Itabira, na Região Central de Minas Gerais, desde que a empresária Tatiane Monteiro, de 23 anos, foi às redes denunciar o ex-companheiro, de 39 anos, por agressões. A vítima foi espancada no estúdio de beleza do qual é proprietária, no Centro da cidade. Ela recebeu chutes, socos e teve a cabeça batida contra um vaso sanitário, parede e uma mesa. Segundo contou a denunciante, ela só não morreu porque teve ajuda de pessoas que estavam no mesmo prédio e conseguiu escapar do agressor.
Taty Monteiro, como é conhecida na cidade, tem um filho de um ano de idade com o agressor. Eles estavam separados. Segundo contou a empresária em entrevista ao portal DeFato Online, de Itabira, a briga começou por causa da criança. O homem teria ido ao local de trabalho da vítima e dito que não buscaria mais o filho para ficar com ele nos dias combinados. A mulher respondeu que isso já não acontecia e então passou a ser espancada.
“Eu vim para te matar e eu vou te matar, vagabunda, ordinária”, ameaçou o homem, segundo relato da empresária. “Ele me deu um soco, bateu minha cabeça no vaso e socava ela na parede e na mesa”, continua Taty. De acordo com a vítima, uma amiga que estava no estúdio no momento das agressões conseguiu tirar o agressor de cima dela, mas aí ele passou a pisar sobre sua cabeça e aplicar pontapés.
O caso de Tatiane é o terceiro de agressão a mulheres que teve grande repercussão em Itabira somente neste início de 2020(foto: Reprodução/Redes sociais )
O caso de Tatiane é o terceiro de agressão a mulheres que teve grande repercussão em Itabira somente neste início de 2020
(foto: Reprodução/Redes sociais )
“Tinha certeza que morreria. Ele foi para me matar”, afirmou a empresária. Ela diz que só conseguiu escapar quando o ex-companheiro se distraiu. Nesse momento, correu para uma sala da empresa e se trancou. A amiga que estava no local e outras pessoas que frequentavam o prédio no momento acionaram a polícia. O agressor saiu correndo e não foi mais visto desde então.
Taty foi às redes sociais denunciar o ocorrido. Muito conhecida na cidade por causa de seu trabalho como influencer digital, usou de seu alcance para postar fotos de seu rosto desfigurado e pedir justiça contra o agressor. Ela também levantou bandeira pelo fim da violência contra as mulheres e pela aplicabilidade da Lei Maria da Penha.
A divulgação da empresária criou uma onda de manifestações pelas redes sociais em Itabira e cidades vizinhas. A publicação original teve milhares de repostagens. Muitos internautas estão republicando as fotos de Tatiane com as hashtags #leimariadapenha e #ninguemsoltaamãodeninguem. Políticos da cidade e do estado também aderiram à causa e mostraram indignação com o acontecido.
O caso de Tatiane é o terceiro de agressão a mulheres que teve grande repercussão em Itabira somente neste início de 2020. Nos dois primeiros, uma das vítimas chegou a desmaiar e a outra teve um pedaço da orelha arrancado pelo namorado em uma briga dentro de um carro.
Sobre a agressão à empresária, a Polícia Militar registrou o boletim de ocorrência e repassou o caso à Polícia Civil. Ainda não houve pedido de prisão expedido contra o agressor. O Ministério Público também trabalha no caso.
Com o Estado de Minas