Primeiro, os fatos.
Mulheres entre a meia-idade e o começo da velhice estão consumindo álcool acima dos limites recomendáveis. De acordo com pesquisa realizada pela New Edith Cowan University (ECU), da Austrália, mulheres entre os 50 e 70 anos encaram o comportamento como algo normal e aceitável, desde que mantenham o controle da situação.
O estudo é resultado de uma parceria entre a ECU e a Aalborg University, da Dinamarca. Para as autoridades de saúde australianas, tomar mais de dois drinques por dia aumenta consideravelmente o risco de morte prematura. No entanto, para as mulheres desses dois países que foram entrevistadas, o mais importante eram atributos como o prazer social e a sensação de liberação. A única preocupação era manter a respeitabilidade, ou seja, não exagerar a ponto de pagar mico.
A médica Julie Dare, professora de saúde pública e coordenadora do trabalho, afirmou que a recomendação de no máximo dois drinques por dia, e nunca mais de quatro numa única ocasião, não pareceu ter relevância para as entrevistadas.
Entre as australianas, o hábito de tomar um drinque depois de um dia pesado ou quando têm um aborrecimento é amplamente aceito. O estudo foi publicado na revista científica Sociology of Health & Illness. Pesquisa feita ano passado pela escola de medicina da New York University mostrava que cerca de 10% dos indivíduos acima de 65 anos bebiam pesadamente, se expondo a uma série de doenças.
Agora, os comentários.
Obviamente a pesquisa reflete um público que está bem longe do nosso. Mulheres australianas, um país que, apesar de totalmente inserido numa questão climática séria, consegue manter a estabilidade emocional e econômica dos seus habitantes e a segurança e o bem estar de suas mulheres. Mesmo assim, elas bebem mais.
Imagina uma pesquisa dessa no Brasil? “O Brasil me obriga a beber”. Sim, o meme agora é real. E se não for a cervejinha, é o Rivotril, o cigarro, o excesso de açúcar…. qualquer coisa que nos tire um pouco dessa realidade.
Beber demais nunca é bom. Mas não dá pra jugar.
da redação, com informações do G1