Em 5 de maio de 2014, a dona de casa Fabiane Maria de Jesus, de 33 anos, foi espancada e assassinada por um grupo de pessoas depois que sua imagem foi confundida com um “retrato falado” que circulou numa página do facebook, em Guarujá, São Paulo. Na publicação, diziam que aquela mulher do desenho sequestrava e utilizava crianças em rituais de “magia negra”. O caso causou comoção no mundo inteiro.
Os suspeitos foram presos e condenados, mas a família de Fabiane entrou com um processo contra o Facebook, por danos morais. A família alegou que a empresa foi omissa ao manter a publicação do vídeo em que mostra a vítima sendo espancada além de lucrar com a veiculação. O Facebook também divulgou um desenho com o boato de que uma mulher, que seria parecida com Fabiane, sequestrava crianças e as utilizava em rituais de magia negra em Guarujá.
Nesta quinta-feira (27), o Tribunal de Justiça negou o pedido da família. A defesa do Facebook no Brasil não comentou a decisão.
Conforme relata o defensor da família, Airton José Sinto Júnior, a decisão de isentar a empresa é um absurdo e cria um precedente perigosíssimo. “A pessoa pode criar um perfil apócrifo, lançar o que quiser na rede, criar um tumulto na sociedade, como foi o caso, e o Facebook, que é quem veicula e permite que seja patrocinado, é absolutamente isento de qualquer responsabilidade. Essa decisão é terrível e perigosa”