Já publicamos aqui vários relatos de pacientes que foram assediadas e violentadas por médicos. Agora a história é o inverso: um paciente que assediou e perseguiu uma médica. Isso só prova mais um conceito do que é a violência de gênero: nenhuma mulher está segura.
Após uma médica ser vítima de perseguição e assédio por um paciente, na cidade de Lastro, no Sertão da Paraíba, o Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) interditou eticamente a Unidade Básica de Saúde da Familia (USF) Maria Abrantes Ferreira. A partir da zero hora deste sábado (29), a unidade não contará mais com os serviços médicos que beneficiam 2,7 mil habitantes, nesse que é o único posto de saúde do município.
Uma população inteira atingida porque os poderes responsáveis não conseguiram garantir a segurança de uma profissional perseguida por um “psicopata” machista que não entendeu ainda que mulheres não são propriedade.
O diretor de fiscalização do CRM-PB, João Alberto Pessoa, afirmou que a unidade de saúde não possui segurança e uma médica vinha recebendo ameaças constantes de um paciente. “A médica estava sendo assediada por um paciente há mais de quatro meses sem que fossem tomadas medidas protetivas. A denúncia anteriormente já havia sido feita à polícia, à Prefeitura e ao Ministério Público, mas nenhuma providência foi tomada”, disse o diretor de fiscalização.
“O CRM preza pelo atendimento médico de qualidade à população e pela segurança e o respeito aos profissionais no local de trabalho. Está agendada uma vistoria na unidade de saúde do município nos próximos dias. A desinterdição ética estará condicionada à disponibilização da segurança pelo setor público”, completou João Alberto.
Da redação, com informações do ClickPB