O padre goiano Jean Rogers Rodrigo de Sousa, ou padre José Maria, já fez vídeo apoiando o Bolsonaro, já chamou Marielle Franco de miliciana abortista, e não por coincidência, é acusado de estuprar pelo menos 11 mulheres. Sim, uma coisa tem tudo a ver com a outra.
O padre estava afastado das funções sacerdotais desde que foi acusado de estuprar ex-freiras e ex-noviças. Um homem de bem, pela moral e bons costumes, que queria livrar o Brasil da “ameaça comunista”. É tão clichê que nem tem mais graça.
Pois na quarta-feira (20), o padre José Maria foi excomungado por ordens do Papa Francisco. Essa é a punição mais severa que a Igreja Católica pode dar a um clérigo, e significa que Jean Rogers deixa de ser sacerdote. O choro é livre.
A expulsão do padre é o desfecho de uma investigação coordenada pela própria Igreja Católica contra o religioso, que já havia deixado rastros de suspeitas pelas dioceses por que passou. Atualmente, o padre respondia aos bispos da Ciudad del Este, no Paraguai.
“O sacerdote Jean Rogers Rodrigo de Sousa, desta diocese, recebeu do Santo Padre o decreto de perda do estado clerical e a dispensa das obrigações correspondentes”, diz documento assinado pelo monsenhor Guillermo Steckling. Jean Rogers é acusado de estuprar pelo menos 11 mulheres, e já havia sido afastado temporariamente, mas agora é ordem definitiva.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, correm processos em sigilo contra o ex-padre na Justiça comum, nenhum com veredicto. Vamos acompanhar o caso.
da redação, com informações do Catraca Livre e da Folha de São Paulo