Começou a circular neste domingo (1º) pelo twitter, um vídeo em que uma transexual é espancada por dois homens no meio da rua. Durante todo o dia, surgiram especulações sobre a identidade da vítima e a localização da violência. Algumas pessoas chegaram a sugerir que ela não teria resistido aos ferimentos.
Nós publicamos o vídeo em nosso instagram. As imagens são fortes.
De acordo com uma ma´teria do portal R7, o caso aconteceu no município de Suzano, região metropolitana de São Paulo, no sábado de Carnaval. E a vítima é Ana Corolina Leal, de 26 anos, que na verdade é travesti.
Ana Carolina conta que estava indo no mercado e foi hostilizada por dois homens que estavam conversando em frente a uma farmácia. Diante das provocações dos rapazes, ela diz que revidou e também os xingou, mas seguiu adiante e entrou no mercadinho.
Na volta, ao passar novamente em frente à farmácia, os dois homens começaram a destratá-la novamente. Foi quando ela respondeu aos xingamentos e foi atacada.
O vídeo mostra um homem a segurando, enquanto outro, maior, desfere diversos golpes no corpo da travesti com um porrete.
Ela é violentamente espancada no meio da rua diante do movimento de carros e pedestres, que nada fazem para socorrer a jovem.
Ana Carolina afirmou que os agressores só pararam de bater quando já estavam cansados e ela praticamente desfalecida no asfalto.
Uma amiga de Carol, que mora perto do local da agressão, a socorreu e a levou para casa. De lá elas ligaram para a polícia, que chegou ao local depois que os agressores já tinham desaparecido.
Ela sofreu ferimentos severos nas costas, na cabeça, nas pernas nos braços e disse que ficou sem andar por quase uma semana. Ela relatou que não foi ao hospital por estar sem documentos e que as amigas fizeram curativos e lhe deram remédios para amenizar as dores no corpo.
Carol declarou que não conhecia os dois homens que a agrediram, mas sabe que eles são amigos do dono da farmácia, pois viu os três conversando quando passou em frente ao estabelecimento.
A vítima disse que não fez boletim de ocorrência porque acredita que a polícia não respeita os transexuais e não iria investigar o caso com profissionalismo.
Infelizmente Ana Carolina não está completamente errada, mas diante da repercussão do vídeo, é possível que se identifique os agressores. O recado do Paraíba Feminina para quem sofre esse tipo de agressão é: DENUNCIE! Mesmo que a polícia não cumpra seu papel (e nós precisamos acreditar no contrário), fica o registro da violência. É o medo que gera a impunidade.
da redação, com informações do portal R7