Foi lançado nesta quinta-feira (21) o documento “COVID-19 na América Latina e no Caribe: como incorporar mulheres e igualdade de gênero na gestão da resposta à crise“, elaborado pela ONU Mulheres. Nele, estão presentes 14 orientações que buscam minimizar os impactos da pandemia causada pelo no coronavírus às mulheres, levando em conta suas especificações na sociedade.
Entre as orientações está o cuidado com as vítimas de violência. De acordo com as informações divulgadas, em contextos emergenciais tal como o desencadeado pela pandemia, aumentam os riscos de violência doméstica contra as mulheres e meninas, uma vez que podem ocorrer mais tensões em casa. O isolamento é outro fator que pode facilitar o crime. Mulheres que já passaram por agressões e sobreviveram podem enfrentar ainda mais obstáculos, tanto para evitar que elas aconteçam novamente, quanto para acessar ordens de proteção ou serviços.
Elas cuidam e se colocam na linha de frente
O documento também cita os impactos físicos e emocionais para as mulheres, que são as mais afetadas pelo trabalho não remunerado. Devido à saturação dos sistemas de saúde e ao fechamento das escolas, as tarefas de cuidado doméstico recaem principalmente sobre elas. A responsabilidade de cuidar de familiares doentes, pessoas idosas e crianças também.
Além disso, mulheres são maioria entre trabalhadores informais e domésticas. As quarentenas reduzem a demanda por estes serviços e afetam os setores de comércio e turismo, que empregam muitas mulheres. Diante da crise, muitas delas perdem seus meios de sustento de vida quase que imediatamente, sem possibilidade de substituição.
Por fim o documento destaca que mulheres, principalmente as trabalhadoras do setor de saúde, domésticas, que ocupam cargos na economia informal, refugiadas, migrantes e em situação de violência são algumas das mais expostas à pandemia e precisam ser envolvidas em todas as fases das tomadas de decisões locais e nacionais, uma vez que assumem custos físicos e emocionais.
Do site Universa