Sexto dia de confinamento. O quinto dia caiu num domingo, e eu tentei afastar minha mente do que está acontecendo.
Já somamos 1.981 casos registrado e 34 mortes no Brasil. Dos casos que tomamos conhecimento. É bom deixar claro que um número real talvez jamais seja divulgado. Isso explica os únicos dois casos confirmados na Paraíba, até agora.
No mundo, 15 mil mortos.
Como falei, no domingo resolvi abstrair até onde foi possível. Nessa coisa de criar uma rotina, é importante lembrar que o domingo é dia de descanso, pelo menos em tese. Não li notícias, passei o dia vendo séries e tentando fazer que fosse apenas um domingo normal quando estou sozinha nos domingos normais.
Na manhã desta segunda-feira (23), acordamos com a notícia da MP da Morte: permitindo que contratos de trabalho e salários sejam suspensos por até quatro meses durante o período de calamidade pública. O comentário, um só. Se não morrer pelo corona, os trabalhadores iam morrer de fome. Assim como quase tudo que sai da sala da presidência, a MP foi sendo modificada ao longo do dia. Pede pra sair, seu Jair, ninguém aguenta mais. Saiba mais aqui.
A Assembleia Legislativa da Paraíba aprovou em regime de urgência, o Decreto do Governo do Estado que coloca a Paraíba em estado de calamidade pública e garante a liberação de recursos para saúde. Saiba mais aqui, e aqui.
No grupo das amigas, falamos sobre como estamos vivendo esses dias. Não está sendo fácil.
Minha filha continua trabalhando, e mesmo com uma suspeita de um infectado em seu local de trabalho, ninguém foi liberado. Angústia que chama.
Hoje foi o aniversário do meu sobrinho. Visitei meus pais. Não abracei ninguém.
Vida que segue.
Taty Valéria