As restrições de circulação diante da pandemia do novo coronavírus mudou radicalmente a rotina de todo o mundo. Mas, um fato curioso chamou atenção no Peru e no Panamá. Nestes locais, os governos proibiram que mulheres e homens saiam ao mesmo tempo na rua para não se encontrarem e assim evitar a disseminação do vírus.
O país da América Central anunciou que as mulheres só serão autorizadas a ir a supermercados, bancos e farmácias às segundas, quartas e sextas-feiras, enquanto os homens podem às terças, quintas e sábados. Aos domingos, no entanto, ninguém poderá sair de casa.
Sem especificar opções às pessoas que não se identificam com o sexo de nascimento, a medida foi apontada nas redes sociais como uma das mais radicais adotadas para combater o coronavírus na América Latina. Mas, segundo as autoridades, o objetivo é limitar ao máximo a saída de pessoas às ruas para reduzir o contágio.
Até 1º de abril, o Panamá havia registrado cerca de 1.200 casos confirmados e 30 mortes por covid-19, dados que tornam o país o mais afetado pelo coronavírus na América Central.
Já no Peru, a insólita medida foi anunciada pelo presidente Martín Vizcarra e estipula que as pessoas do sexo masculino só poderão sair de casa na segunda, quarta e sexta-feiras, cabendo às mulheres as terças, quintas e sábados. No domingo a saída também foi proibida.
“Faltam dez dias. Façamos este esforço adicional para ter o controle desta doença”, disse Vizcarra ao anunciar as medidas adicionais que valerão até 12 de abril, quando acaba o isolamento decretado em 16 de março. O presidente destacou que serão dadas orientações especiais para que os militares e policiais que patrulham as ruas respeitem os homossexuais e os transexuais.
“Quando falamos em homens e mulheres, sabemos que na igualdade de gênero há cidadãos que se encontram em outro tipo do seu sentimento. As Forças Armadas e a Polícia têm instruções para evitar atitudes homofóbicas. Nosso governo é inclusivo”, resumiu Vizcarra.
Da Redação, com a BBC e o G1