Como equilibrar o home office (pra quem está nesse sistema), com as tarefas domésticas, com o cuidado com os filhos, com o medo da doença, com a preocupação com as contas da casa, e com a própria cabeça? Dentro um processo de confinamento que já dura quase um mês, é inegável que o aspecto psicológico comece a pesar.
O fato é que a pandemia de covid-19 causa mais impacto na saúde mental das mulheres do que dos homens. Isso nem é novidade, que agora é endossada por uma pesquisa feita pela Kaiser Family Foundation, ONG americana que se debruça sobre questões de saúde pública, que analisou respostas de entrevistadas dizendo como se sentem.
Mais mulheres afirmaram que a preocupação ou estresse ligado o novo coronavírus teve impacto negativo em seu psicológico: foram 53% contra 37% dos homens, ou seja, uma diferença de 16%. A mesma pesquisa feita duas semanas atrás, antes da quarentena, demonstrou uma diferença de 9%.
Entre pais e mães de filhos com menos de 18 anos, esse número é ainda maior: 25%. Entre elas, 57% afirmam que a saúde mental piorou, contra 32% deles. Há duas semanas, a diferença era de apenas 5%. Isso mostra, segundo o estudo, que a sobrecarga que recai sobre as mulheres aumenta conforme avança o período de isolamento social.
Segundo a revista Forbes, que divulgou o estudo, pesquisadores afirmam que já se vê um aumento em consultas e em tratamentos psicológicos nesse período.
“Com o passar do tempo e com as pessoas desenvolvendo ansiedade ou depressão ainda mais severa no que se refere à incerteza econômica, ou como efeito colateral do isolamento, prevemos que esses números continuem crescendo”, afirmou Roger McIntyre, professor de psiquiatria e farmacologia da Universidade de Toronto à Forbes. “O que estamos vendo é uma mistura de solidão e estresse que é amplificada pela covid-19.”
da redação, com o site Universa