Existe um ditado que, apesar de detestá-lo e de lutar diariamente contra, não consigo deixar de concordar: Quando nasce uma mãe, nasce uma culpa. Sim. Com a pandemia do coronavírus e o isolamento das famílias, a culpa materna ganha elementos extras e dramáticos.
Recentemente, uma mãe, do Texas (EUA), levou sua filha de 5 anos ao supermercado, com um cartaz pendurado nas costas dela. O intuito era explicar que não tinha nenhum adulto para ficar com a menina e por isso ela estava indo acompanhada à loja. “Eu tenho 5 anos. Eu não posso ficar em casa sozinha, eu tenho que ir ao mercado com minha mãe”, dizia o cartaz.
MaryAnn Fausey Resendez fez um post mostrando a situação e explicando que isso era uma forma de evitar julgamentos. A postagem chamou a atenção do público e teve mais de 43 mil compartilhamentos e 6 mil curtidas. Algumas pessoas apoiaram a atitude da mãe e outras disseram que levar a criança ao mercado é muito perigoso. Assim, as mães solo deveriam recorrer a voluntários para fazer as compras. Sim, porque o que mais existe no mundo são pessoas dispostas a ajudar mães-solo. Aham.
Sasan Andrew comentou nas redes sociais que passou pela mesma situação de MaryAnn Fausey. Ela levou a filha ao supermercado e foi parada pelo gerente que lhe disse que, na próxima semana, só iria permitir a entrada de uma pessoa na loja. Ele disse que a filha dela já poderia ficar em casa sozinha, pois tinha 12 anos. No entanto, segundo Sasan, isso não era possível, devido a razões médicas. Porque é óbvio que um gerente qualquer sabe muito mais cuidar da filha alheia do que a própria mãe. Sei.
Em alguns países, a recomendação é que apenas um membro da família faça as compras, para evitar a contaminação. No entanto, mães solo, por exemplo, acabam ficando à margem dessas regras.
Pra começo de conversa, essas mulheres nem precisariam se justificar. Mas a maternidade tem dessas coisas.
A dica do dia para as mães: Você não é obrigada a justificar suas decisões quando o maior intuito é o bem estar dos seus filhos.
A dica do dia pra todo mundo: Antes de criticar ou julgar uma mãe, ofereça ajuda.
da redação, com a Revista Crescer