Neste mês de maio, o Paraíba Feminina completa um ano no ar.
De lá pra cá contabilizamos uma série de conquistas e aprendizado. Já tivemos mais de meio milhão de acessos, provocamos indignação nacional ao publicar em primeira mão as atitudes patéticas de empresários de Campina Grande para reabrir o comércio e participamos de muitas iniciativas para combater o machismo estrutural e promover o feminismo dentro e fora do mundo virtual. E ficamos lisonjeadas ao virarmos fonte de inspiração para uma campanha de incentivo para que mulheres usem batom durante a quarentena.
E, agora, mais uma vez ficamos cheias de orgulho ao virarmos destaque em uma publicação feita pelo Diplomatique uma das publicações do jornal francês Le Monde, um dos mais conhecidos do mundo.
O artigo “A estética dos programas policialescos chega ao noticiário tradicional”, produzido pela jornalista Mabel Dias, aborda o fenômeno dos programas denominados policialescos, que têm se espalhado por todo o Brasil.
Acompanhe o trecho:
“O Fantástico optou também pelo sensacionalismo e um viés policialesco na reportagem sobre a descoberta pela Polícia Civil de Belo Horizonte de uma clínica clandestina de aborto, exibida em 6 de outubro de 2019. As imagens, a trilha sonora e o texto apresentados trataram sutilmente como “criminosas” as mulheres que procuraram a responsável pela clínica, sem fazer qualquer reflexão sobre a realidade das mulheres brasileiras que buscam fazer um aborto. O aborto é autorizado no Brasil em casos de risco à vida da mãe, bebês com anencefalia ou quando a mulher é vítima de violência sexual, mas a reportagem trata o assunto de maneira criminalizadora, como se o aborto fosse caso de polícia e não de saúde pública.
A jornalista Tatyana Valéria, editora do blog Paraíba Feminina, de João Pessoa, questionou a forma como o programa conduziu o assunto. Ela enfatiza a importância de se discutir a descriminalização do aborto no Brasil, inclusive por parte da imprensa. “Apesar de ser considerado crime, as mulheres continuam interrompendo uma gravidez indesejada, seja de forma segura ou não. O problema do aborto não é de segurança pública, mas sim de saúde. Por que a mídia não fala sobre isso?”, questiona.”
Acompanhe a íntegra do artigo neste link: A estética dos programas policialescos chega ao noticiário tradicional
Nosso agradecimento, mais uma vez, ao reconhecimento da luta de diária na busca por equidade, e pelo fim das violências.
da redação