Adoramos quando aparecem estudos que só comprovam o que já sabemos na prática. Divulgado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa e Econômica Aplica) no final abril, esse estudo mostra que a chegada de um filho pode impactar a vida das mulheres brasileiras em quase oito vezes mais do que a dos homens.
Ainda durante a gestação, são pelo menos seis consultas de pré natal (recomendadas pelo Ministério da Saúde); exames de sangue e ultra som. Isso quando tudo está dentro da normalidade. São faltas no trabalho, mesmo resguardadas por foça da lei. Depois ainda vem a licença maternidade que pode durar até 180 dias.
A volta ao trabalho das mulheres depois da gestação e da licença dependem de uma rede de apoio que não é regra, muito pelo contrário. E por mais que ela tenha um companheiro disposto a dividir por igual todas as responsabilidades, algumas atividades não podem ser repartidas.
Enquanto a taxa de pais que não estudam nem trabalham oscila em 8,7%, independentemente da idade dos filhos, a de mães chega a 54,5% três trimestres após o nascimento da criança, e vai a 65,5% na faixa etária que vai de 15 a 24 anos. O levantamento foi feito com base em dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Ainda segundo o estudo, o percentual de pais que trabalham praticamente não se altera antes ou depois do nascimento de um filho, permanecendo próximo da taxa de 89%. Entre mulheres, porém, o número cai de 60,2% um ano antes da gravidez para 45,4% no primeiro semestre de vida da criança. Três trimestres depois, chega a 41,6% e, após cinco semestres, atinge 43,7%.
da redação, com Universa