Larissa Lins. Arquivo pessoal |
Febre persistente por mais de 3 dias, tosse seca intermitente, cansaço e fadiga. Esses são os sintomas mais comuns da Covid-19 e os que ligam o sinal de alerta para possíveis contaminações. Mas alguns sintomas, pouco divulgados pelas autoridades, devem ser observados com atenção.
Foi o que aconteceu com a paraibana Larissa Lins, que atualmente reside em Vitória de Santo Antão, em Pernambuco.
Numa conversa com o Paraíba Feminina, ela nos contou que seus sintomas, a princípio, não despertaram o alerta dos médicos.
“Tive sintomas secundários e menos graves, como dor de garganta, fadiga corporal muito forte (ou seja, fraqueza no corpo, ausência de disposição para fazer coisas simples), perda parcial de paladar e dor de cabeça muito forte também, mas não tive febre em nenhum momento”, conta.
“Os médicos com quem eu conversei, de João Pessoa, não achavam que era Covid. Só uma amiga médica achava que era, sim e me passou azitromicina e ivermectina. O médico de João Pessoa que me consultou passou azitromicina também, mas lembro bem que ele passou mais por causa da garganta com dor, do que por suspeita de Covid”. Larissa se consultou por teleconsulta.
Duas semanas depois do início dos sintomas, Larissa decidiu fazer o teste.
“Como essa minha amiga médica me passou muita segurança, no sentido de que eu realmente poderia ter tido, resolvi fazer para tirar a prova. Além disso, eu estava querendo ir para João Pessoa visitar meus pais e queria me sentir mais segura fazendo o exame, para ver se eu tinha tido ou não”.
Com o resultado positivo, Larissa cancelou a viagem e aumentou o isolamento, que ela já estava cumprindo. “Desde o momento em que comecei a sentir os sintomas, eu usei máscara e fiquei em isolamento social em casa, apenas com meu marido”, afirma.
Ela não sabe dizer onde se contaminou, mas acredita que pode ter relaxado no auto cuidado. “Eu comecei a sentir sintomas numa quarta. E no final de semana anterior eu fui à feira livre e supermercado, usando máscara. Mas eventualmente eu posso ter coçado o olho, não dá pra saber”.
“Também fui caminhar ao ar livre, sem máscara. Posso ter me contaminado no elevador do prédio. Eu sei que a quantidade de dias entre essas saídas de casa no fim de semana e o início dos sintomas batem com o que se lê, que eles começam após 1 a 5 dias da contaminação”, alerta.
Larissa reafirma que os médicos que fizeram o atendimento por teleconsulta não suspeitaram de Covid em nenhum momento. “Assim que eu falava que não tinha febre, eles já encaravam o que eu tinha como qualquer outra coisa menos o coronavírus, nenhum sugeriu o exame”.
“Confesso que também não tinha interesse porque meus sintomas foram leves/moderados. Acredito que não foi necessário sair de casa para buscar ajuda médica. Então preferi deixar esses exames para quem precisa fazer mesmo”.
Larissa conta que demorou uma semana para me recuperar, e quase duas semanas para voltar à disposição do corpo, como era antes da doença.
Ao final, ela nos contou que em Vitória de Santo Antão as pessoas estão saindo muito de casa e as ruas vivem cheias. Só nas últimas duas semanas começaram a usar máscara. E há muita aglomeração, em especial nos bancos e loterias.
Em Pernambuco, já são 1.925 mortes e 23.911 contaminados até 21 de maio.
Taty Valéria