Os aplicativos Pão de Açúcar Mais, Clube Extra e Assaí, além do site do Compre Bem, passam a contar com um banner que direciona as mulheres que estão sofrendo violência para uma página online onde poderão entrar em contato com uma assistente virtual via WhatsApp.
Essa assistente as ajudará a entender se estão passando por violência, informará sobre os serviços públicos disponíveis na rede de proteção e indicará quais recursos ela pode acessar.
A partir das perguntas, baseadas nos protocolos internacionais de avaliação de risco, a assistente consegue identificar a vulnerabilidade à qual a mulher está submetida.
De acordo com o resultado dessa análise, ela é direcionada para os diferentes recursos disponíveis. Se a mulher que entrou em contato sinalizar que o caso é urgente e ela não acionou o 190, ou se a assistente virtual identificar pelas respostas que ela está em situação de risco alto, o contato é feito em poucos minutos por uma psicóloga, de forma sigilosa e confidencial.
Essa nova funcionalidade dos aplicativos faz parte do Programa Você Não Está Sozinha, lançado pelo Instituto Avon em abril deste ano como uma resposta ao aumento dos índices de violência doméstica durante a quarentena.
No contexto de pandemia, é preciso criar soluções inovadoras para enfrentar os desafios que temos em relação à violência doméstica. Nesse sentido, criar ambientes online para chegar a mais mulheres e facilitar o pedido de ajuda é fundamental para a contenção do agravamento da violência sobre a vida delas, afirma Daniela Grelin, diretora executiva do Instituto Avon.
O momento requer soluções conjuntas para o fortalecimento de estratégias para a causa. O Programa Você Não Está Sozinha é uma proposta intersetorial direcionada para o esforço coletivo por meio de uma rede de apoio para a assistência de mulheres e meninas, incluindo assistência material, serviços jurídicos e psicológicos, além de transporte de emergência.
Infelizmente, a violência contra a mulher tem aumentado neste momento de isolamento social, e a desinformação e o medo são alguns dos fatores que levam as vítimas a não denunciarem o seu opressor. Por isso, entendemos que nossa contribuição é a de potencializar a informação e conscientização para todos e todas e, especialmente, dessas mulheres, disse Susy Yoshimura, diretora de Sustentabilidade e Compliance do GPA.