É aquela coisa da quarentena: pra quem reconhece a situação grave, o isolamento social continua sendo regra. Se para alguns setores da economia, os efeitos da pandemia foram os prejuízos, outros empresários comemoram vendas recordes. É o caso do ramo de acessórios eróticos. Desde o início do confinamento, mais de 1 milhão de vibradores foram vendidos em todo o Brasil, segundo levantamento Abeme (Associação Brasileira de Empresas do Mercado Erótico).
Com 95% do público feminino, a loja de produtos eróticos online Pantynova (@novapanty), teve uma alta de 238% nas vendas de março e de abril em relação aos meses anteriores, janeiro e fevereiro – quando ainda não havia isolamento. O esvaziamento dos estoques foi ainda maior se for considerado o faturamento de 2019: as vendas de abril deste ano foram 475% maiores comparando ao mesmo mês de 2019.
“A máscara é uma peça que encobre o sorriso, nossa principal arma de empatia e conexão com as outras pessoas, por isso tem que ter também um conteúdo interessante ou engraçado para quebrar o gelo” explica a estilista Francilene Perez, dona da sex shop Sedução Fashion, em Duque de Caxias, que é pioneira na personalização de máscaras sensuais e tem vendido até para outras lojas.
A alta procura por vibradores fez os lojistas do setor investirem em variedades nesse item: há desdes os mais simples, que custam R$ 40, até os que são banhados a ouro e oferecem 30 tipos de vibração, que custam a partir de R$ 900. Por que alguém ia querer um vibrador banhado à ouro? Não sabemos. Mas não estamos aqui pra julgar.
Com as lojas fechadas e a impossibilidade de realizar a principal feira erótica do Rio, Sexy Fair, por causa da quarentena, os lojistas apostaram nas vendas online. A estratégia deu certo, segundo Paula Aguiar, ex-presidente da Abeme e autora da pesquisa que traçou o perfil do mercado erótico durante a pandemia.
“O mercado está otimista porque as pessoas estão ociosas em casa e precisam inovar no relacionamento. Quem tem presença forte na internet e delivery está se saindo bem durante a quarentena e projeta um crescimento anual até maior do que a nossa projeção inicial de 8,45%” diz Paula.
De acordo com o estudo, quem mais compra são os jovens: 51,4% dos clientes estão na faixa de 25 a 34 anos. As mulheres representam 65% do total, e os homens 21,1%. Em resumo: sozinhas sim, entendiadas, NUNCA.
Taty Valéria, com informações do portal Extra