Matéria publicada pelo site Uol no último domingo revela como o machismo atinge até o vídeo game e o mundo virtual dos jogos. Trata-se de uma história pra lá de inacreditável onde executivos e departamento de marketing brigam para não assumir que um jogo não seja protagonizado por mulheres.
A franquia em questão é de Assassin’s Creed e o texto assinado por Thaime Lopes destaca que mesmo que não queira, as mulheres já tomaram conta do protagonismo do jogo. Confira abaixo o texto.
A Ubisoft querendo ou não, Assassin’s Creed já é protagonizado por mulheres
Já está mais do que na hora de Assassin’s Creed ter mulheres como únicas protagonistas em seus jogos principais. O empecilho pra isso acontecer, por incrível que pareça, é a própria Ubisoft. No último dia 21, uma matéria no site Bloomberg revelou que todas as tentativas de colocar uma mulher como destaque na série foram barradas internamente na empresa.
Ainda assim, quando observamos os últimos jogos da série, o protagonismo feminino já está, sim, bem presente em Assassin’s Creed, só a Ubisoft que ainda não viu isso.
Relatos de ex-funcionárias vieram à público após isso, conrmando as histórias
Aya, e não Bayek, era quem seria a protagonista de Assassin’s Creed Origins
Já em Assassin’s Creed Odyssey, somente haveria a possibilidade de escolher Kassandra.
Entendendo a treta
A matéria do site Bloomberg, que ouviu funcionários e ex-funcionários da Ubisoft, revela o machismo na cultura da empresa, em que o departamento de marketing ou o executivo Serge Hascoet, agora ex-chefe criativo da companhia, barraram as tentativas de Assassin’s Creed Origins e Odyssey de terem somente mulheres no papel principal.
Depois da matéria, mais babado: uma ex-roteirista da saga, Jill Murray, contou no Twitter que os executivos reforçavam que os protagonistas tinham que ser homens, brancos, no maior estilo “macho alfa”. Por causa da repercussão da história, ela bloqueou a conta na rede social.
Uma outra ex-funcionária, Eline Muijres, designer no estúdio de Montreal, também contou que durante toda sua permanência nos jogos de Assassin’s Creed, os executivos afirmavam que “mulheres não vendem”.