Máscaras no queixo, nas mãos, penduradas na orelha, mas não mais no lugar onde ela deveria de cobrir nariz e boca a impedir a entrada do coronavírus. Estes são os primeiros efeitos que a flexibilização trouxe para centenas de paraibanos, que mesmo com quase mil infectados confirmados no último boletim da Secretaria de Saúde do Estado já teimam em voltar para uma vida normal que ainda não existe se achando como verdadeiros super-homens imunes à contaminação.
Já falamos aqui que esse vírus ainda está muito longe de ser controlado. Vacinas estão sendo testadas, remédios sem comprovação médica foram alçados à solução dos problemas, mas tudo o que vemos é aumentar a lista de pessoas que faleceram em função de complicações do covid-19.
Sem falar que a pressão de setores da economia e a proximidade das eleições tem feito que prefeitos paraibanos e o próprio Governo do Estado declinassem parcialmente do isolamento e concordassem na reabertura de bares e restaurantes. É difícil acreditar que a economia se tornou mais importante que a própria vida humana e mais difícil ainda de saber que estes equipamentos, que muitas vezes são ambientes fechados e sem circulação de ar, tenham autorização pra funcionar, mas as praias, ambientes abertos e ventilados naturalmente, ainda estão proibidas para os paraibanos.
Não se acaba um vírus por força de um decreto. Defendemos a retomada da economia. Oramos por uma vacina que resolva de vez esse problema. Mas, do jeito que a coisa está indo, uma nova dor de cabeça está por vir e o temor de dias piores bate à nossa porta. Nunca é demais lembrar. Álcool em gel, lave as mãos, use máscara (no local correto). O mundo todo agradece e esse infeliz vírus perde força enquanto não encontramos sua ‘criptonita’.