Consumo de maconha para ansiedade e dar aquela sensação de leveza, de cogumelos para tirar você um pouco do eixo e abrir novos horizontes, e do botox no tratamento de enxaquecas e distúrbios neurológicos. Esses são os tratamentos alternativos para a depressão, que atinge quase 300 milhões de pessoas no mundo e que em um momento deste de confinamento merece atenção total por parte de todos.
Tratamentos comuns para depressão não são eficazes para quase um terço das pessoas afetadas, mesmo quando cumprem seus planos de tratamento e toleram os medicamentos, de acordo com o estudo, publicado quinta-feira na revista Scientific Reports.
Botox
As injeções de botox podem fazer mais do que apagar os sinais da idade ou impedir que você sinta enxaquecas dolorosas – elas também podem aliviar a depressão, confirma um novo estudo.
Os médicos injetam Botox para suavizar as rugas faciais e tratar problemas de saúde, como sudorese intensa, piscamento incontrolável, enxaquecas crônicas, bexigas hiperativas e distúrbios neurológicos que causam contrações musculares e dores no pescoço e ombros.
O botox, um medicamento produzido a partir de uma toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum, funciona enfraquecendo ou paralisando músculos específicos ou bloqueando certos nervos.
Não está claro como e por quanto tempo o tratamento pode funcionar para a depressão, mas os pesquisadores pensaram que o Botox pode interromper um ciclo de feedback entre expressões faciais negativas na região glabelar – atrás da pele entre as sobrancelhas e acima do nariz, onde está o nosso ” músculos da dor “são – e emoções negativas. Devido a essa hipótese, esses estudos usaram principalmente injeções na testa para tentar tratar a depressão, mas foram limitados em termos de tamanho da amostra, metodologias instáveis, locais de injeção e resultados mistos.
Cogumelos
Já as doses de psilocibina (o ingrediente ativo dos cogumelos psicodélicos), infusões de cetamina e, mais recentemente, injeções de Botox. Estudos anteriores dos últimos 15 anos descobriram que o medicamento pode ter efeitos antidepressivos.
Maconha
Já a maconha tem sido usada recreativamente ao longo da história como uma droga que dá uma certeza leveza, mas tratamentos têm sido feitos com o óleo e controle da dosagem de canabinoides, as substâncias que ativam receptores no cérebro e que são encontradas na maconha, mudam de acordo com o paciente e a doença.
Para a depressão, é preciso um extrato híbrido com níveis diferentes de canabidiol, que tem efeitos mais relaxantes, e THC, um estimulante.
A substâncias extraídas da planta imitam moléculas encontradas em humanos e outros animais e criam sensação de conforto e bem-estar ao ativarem determinados receptores no cérebro. Os canabinoides, naturais do cérebro ou encontrados na erva, são neurotransmissores e fazem a comunicação entre neurônios.
“Muitas vezes as pessoas usam o extrato sem segurança do conteúdo que está ali dentro. Isso pode até fazê-la não sentir uma melhora, quando na verdade a combinação é que não está correta para a doença”, explica Cláudio Queiroz, professor do Instituto do Cérebro.
É importante registrar que a depressão é uma doença e qualquer tratamento ou substância precisa ser acompanhada e avaliada por um profissional.
Com CNN Health e Intercept Brasil