Sabemos que o mundo tá insustentável, que as notícias ruins acontecem todo dia e que nossa saúde mental tá abalada. Mas não é por isso que precisamos nos esquecer do auto cuidado.
Por ser algo tão corriqueiro e tão automático, às vezes acabamos esquecendo de uma grande amiga: a calcinha! Pensando em nos ajudar a proteger nossa saúde, a ginecologista Ana Carolina Lúcio Pereira tem dicas preciosas para cuidar melhor de você e dessa companheira inseparável.
Aposte em tecidos naturais
Apesar de existirem diversos modelos e tecidos, precisamos levar em conta que nossa vulva é uma área muito sensível e delicada, por isso, investir em calcinhas com tecidos respiráveis, como o algodão, é essencial para evitar infecções na região. “O algodão é respirável e absorvente, o que pode prevenir as infecções fúngicas, já que ele absorve a umidade extra decorrentes de um corrimento vaginal, por exemplo”, explica Ana Carolina.
Materiais sintéticos como o nylon e o elastano não permitem que a área respire, criando um ambiente úmido e quente, propício para o surgimento e proliferação de fungos.
Troque de roupa íntima todos os dias (se der, duas vezes ao dia)
Tá desconfortável com o acúmulo de corrimento vaginal no meio do dia? Você pode trocar a calcinha sem problemas. Segundo a ginecologista, se seu modelo for forrado de algodão, dificilmente você terá esse desconforto.
Evite usar à noite
Não existe certo e errado quando o assunto é dormir, ou não, de calcinha. Segundo a gineco, para quem tem uma vagina saudável, é opcional. “Caso você lide com infecções fúngicas regulares, ir para a cama sem calcinha pode fazer toda a diferença”, explica. Isso porque ficar sem uma barreira de tecido permite que a área respire da noite para o dia, evitando que a umidade se acumule ou crie um ambiente para a formação de bactérias.
Uma calcinha bem ajustada é melhor para malhar
Escolha sempre uma roupa íntima que seja bem ajustada ao corpo e, de preferência, respirável na hora de malhar para evitar irritações na região. Se optar por malhar sem calcinha, o tecido do seu shorts deverá ser leve, liso e absorvente.
Aposte no sabão hipoalergênico
“Elas entram em contato com sua área de pele mais sensível por longos períodos de tempo. Por isso, ao lavar, você deve usar sabão suave e hipoalergênico, pois qualquer resquício de sabão ou produto químico em contato com a vulva pode levar a irritações, coceira e reações alérgicas”, afirma a gineco. Após a lavagem, seque em ambiente que de preferência bata sol ou seja ventilado — nada de deixar no banheiro, ein? E é sempre bom lembrar que, se alguém da sua casa estiver doente, não misture as roupas íntimas na hora de lavar. Lave sempre separado de outras roupas que possam estar contaminadas.
Tente renovar o armário de calcinhas todos os anos
Parece demais, especialmente para algo que é lavado com tanta frequência. Mas, até roupas íntimas limpas podem conter até 10.000 bactérias vivas. “Isso ocorre porque há bactérias na água da máquina de lavar – cerca de um milhão de bactérias em apenas 2 colheres de sopa de água usada! Além disso, cerca de 83% das roupas íntimas ‘limpas’ contêm até 10.000 bactérias. Se você teve alguma infecção vaginal no período, é interessante substituir a roupa íntima nesse período de um ano”, diz a médica.
da redação, com revista Glamour