Nós que fazemos o Paraíba Feminina sempre gostamos de séries e de política. E as séries políticas sempre foram as mais legais por contextualizarem situações em que jamais imaginaríamos no nosso cotidiano tupiniquim. Até que…
Até que uma previsão errada do grande baluarte Tiririca tirou o prumo do nosso país. “Pior que tá não fica” foi uma daquelas coisas que a gente nem pensava “fale pela boca de um anjo” porque no nosso imaginário pior do que um processo de impeachment sem provas e a prisão de um ex-presidente baseado em convicções já seria terrível para quem comunga com ideais progressistas.
Após tudo isso e já homenageando Moraes Moreira com seu ‘Lá vai o Brasil descendo a ladeira’, o que vemos é que todas séries que tratam de política perderam a graça. E tudo isso simplesmente por conta da normatização dos absurdos no país.
Pandemia, Flordelis, o fugitivo que entrou voando na casa do advogado do presidente, animais invadindo cidades, nuvem de gafanhotos, cura do covid com ozônio no c*. Tudo isso é piada perto do presidente escolhido democraticamente com 56 milhões de votos. Um país afundado em asneiros e discursos raivosos onde ameaças, fake news e xingamentos são constantes na vida daquele que deveria prestar o máximo de respeito a todos os cidadãos que representa.
Uma simples pergunta de um jornalista fez com que o presidente Jair Bolsonaro dizer que teria vontade de “encher sua boca de porrada”.
Depois afirmou que jornalistas são “bundões”. As duas afirmações se transformaram numa grande campanha nas redes sociais questionando denúncias contra o presidente e sua família. Coisas que se ocorressem com Lula, Dilma, Temer, Itamar, FHC e creio que até mesmo na época mais “branda” da ditadura seria motivo de reprovação, escárnio e interrupção do mandato do ‘infitete’.
Vivemos tempos sombria e estranhos. Um tempo em que a imprensa é achincalhada por querer fazer seu trabalho. Mas vamos continuar por aqui. Atentos, fortes e diligentes. E seguir questionando: Presidente, por que a sua esposa recebeu depósitos de R$ 89 mil de Fabrício Queiroz?
da redação