O contato com o cão pode diminuir estresse e dores de pessoas enfermas e hospitalizadas. A cãoterapia é um programa que permite que bichos de estimação devidamente treinados visitem pacientes e profissionais de saúde, humanizando o ambiente impessoal de um hospital. Na Paraíba, esse projeto já foi implantado nos Hospitais de Emergência e Trauma de João Pessoa e Campina Grande e no Complexo Psiquiátrico Juliano Moreira. Agora, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) planeja expandir o programa para outros serviços da Rede Estadual.
A intenção da visita é estimular a socialização dos pacientes, que se tornam mais receptivos ao ambiente hospitalar. De acordo com a presidente da TeraPET, Kariny Quidute, as pessoas ficam mais alegres com a presença dos cães, distraindo não só a tensão de quem está internado, como também dos que estão em serviço. “Ficamos emocionados em ver a criança alisando o cachorro, esquecendo a dor por alguns minutos. Toda vez que a gente vai, é uma emoção diferente, são pessoas e pacientes diferentes, reações diferentes”, afirma.
Para participar do programa e das visitas, o cão precisa passar por um rigoroso critério, como ter o cartão de vacinação em dia, ter autorização de um veterinário dando condições para eles frequentarem um hospital e também apresentar bom comportamento. “O cão tem que saber os comandos básicos “senta”, “fica”, “deita”, não ser reativo a som, ser tranquilo no sentido de a criança chegar e não querer pular, não latir quando estiver na presença de outro cão. Quando o animal não está muito dentro do perfil, recomendamos adestrar ele”, explica.
O Hospital de Trauma de Campina Grande foi a primeira unidade da Paraíba a implantar o programa. Segundo o secretário de Saúde da Paraíba, Geraldo Medeiros, a cãoterapia é importante na humanização e recuperação dos pacientes, sobretudo pediátricos. “Implantamos a Terapia Assistida por Animais no hospital em 2017, enquanto ainda diretor do Trauma de Campina Grande e percebemos a importância do programa. O TeraPet tem todo o respaldo da Secretaria de Saúde para atuar nos Hospitais da Rede Estadual”, reforça.
A proposta da SES é tentar ampliar o programa para o máximo de hospitais possíveis da Rede Estadual para poder levar essa parte assistencial humanizada para pacientes e funcionários. O Complexo Pediátrico Arlinda Marques e o Ambulatório pós Covid-19, que funciona no Clementino Fraga, serão os próximos serviços incorporados ao programa. A terapia com cães não promete a cura dos pacientes, mas resulta em benefícios físicos e mentais para quem recebe as visitas.