Paraíba Feminina entrevista pré-candidatas do segmento feminista: Vitória Ohara

By 11 de setembro de 2020Politica

Vitória Ohara

Vitória Ohara tem 20 anos, é cantora profissional e graduanda em Serviço Social e Pedagogia. É pré-candidata à vereadora na cidade de João Pessoa pelo Partido Unidade Popular, partido socialista que ajudou a legalizar e é construído com a força de muitos movimentos sociais. Iniciou a militância política aos  15 anos, enquanto estudava no Lyceu Paraibano, lutando pela diminuição da tarifa de ônibus e por melhorias na escola. Quando se engajou nas lutas sociais, conheceu a União da Juventude Rebelião, organização política de juventude. Foi presidenta do Grêmio Estudantil do Lyceu Paraibano – GELP e da Associação Paraibana dos Estudantes Secundaristas – APES. Ao concluir o ensino médio, começou a militância no Movimento de Mulheres Olga Benario, movimento que representa compondo a mesa diretora do Conselho Estadual dos Direitos das Mulheres – CEDM. Faz da arte um ato político de denúncias às injustiças que o capitalismo acomete aos pobres e se organiza no Fórum de Música da Paraíba e no Conselho Municipal de Políticas Culturais – CMPC. São nesses movimentos que atua politicamente, ao lado de muitos e muitas lutadoras.

Por que você decidiu concorrer à uma vaga na Câmara Municipal?

 

Estar pré-candidata à vereança não é escolha individual, nem meu “sonho de princesa”, foi uma decisão coletiva construída por todo o conjunto da Unidade Popular e dos movimentos que componho. Nesse espaço das eleições estarei representando esses interesses coletivos que representam os interesses das juventude pobre e das mulheres jovens e trabalhadoras.

 

 

 

Na sua opinião, qual a importância de ter uma mulher feminista ocupando um espaço de poder?

 

Os espaços de poder são ocupados majoritariamente por homens brancos e que defendem os interesses dos ricos. Nós entendemos que é fundamental as mulheres ocuparem cada vez mais os espaços de decisão da sociedade, e que não basta ter mulher nesses espaços, temos que ter mulheres que defendam os interesses da classe trabalhadora.

 

 

 

Dentro da sua trajetória, quais as maiores dificuldades que você encontrou até se firmar pré-candidata?

 

As maiores dificuldades para as mulheres se colocarem como candidatas à vereança ou afirmarem seu ser político de alguma forma ocorrem por causa das desigualdades de gênero existentes na sociedade, na minha vida não é diferente, além de ser mulher pobre sou jovem. O sistema capitalista patriarcal aponta que os lugares que temos que ocupar é no trabalho sendo exploradas, cuidando da casa e da família, mas nunca na política.

 

 

 

As mulheres representam 52% do eleitorado no Brasil, mas só 15% das cadeiras legislativas municipais são ocupadas por mulheres. Como você analisa esse número?

 

Isso mostra o quão a democracia burguesa é frágil e de nada favorece às mulheres. Basta ver a Câmara Municipal de João Pessoa, de 27 vereadores só temos 4 mulheres ocupando as vagas, e nenhum (a) jovem.

 

 

Quais são suas principais bandeiras de luta, e como pretende trazer essas pautas para o trabalho na Câmara Municipal?

 

Usamos essa pré-candidatura para a defesa da vida da juventude e das mulheres, o acesso à educação, à cultura, e ao emprego. Carregamos também a bandeira antifascista para derrotar nas urnas os que defendem a política bolsonarista.

Estamos utilizando esse momento para construir de forma coletiva proposições concretas para a capital paraibana, temos feito rodas de conversas virtuais e o “Palanque das Praças”, momentos em que dialogamos com as pessoas que circulam pelas praças dos bairros populares de João Pessoa.

 

 

Saiba mais sobre Vitória Ohara em seu perfil: @vitoriaohara_

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