Paraibana espancada até a morte pelo marido sofreu aborto em agressões anteriores

By 15 de setembro de 2020Machismo mata

Você leu aqui o caso de Pâmela Nascimento, que estava grávida quando foi espancada e assassinada em 8 de setembro, na cidade de Poço José de Moura, no Sertão da Paraíba. O caso segue em investigação e pela crueldade e frieza do marido, principal suspeito de cometer o crime, já se mostra um dos piores casos de feminicídio do estado,

O principal suspeito de ter matado Pâmela  é o marido. De acordo com a Polícia Civil, a versão contada pelo suspeito em depoimento é “totalmente mentirosa”. Existe também a possibilidade dele ter provocado um aborto na vítima após agressões, em fevereiro.

No dia do crime, vizinhos relataram ouvir o momento em que ela foi espancada e informaram aos policiais que ela, provavelmente, teria sido espancada até morrer. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado, mas constatou que Pâmela não havia resistido aos ferimentos e já estava morta.

Quando o suspeito foi levado até a delegacia, relatou que não tinha espancado a mulher. O homem foi liberado após depoimento. De acordo com o delegado Danilo Charbel, através de documentos e relatos testemunhais, foi constatado que, no dia 12 de fevereiro de 2020, o homem já havia provocado um aborto em Pâmela após agredi-la.

Segundo o delegado Glauber Fontes, da Delegacia de Homicídios de Cajazeiras, o suspeito não foi preso em flagrante no dia do crime porque as lesões da vítima não eram aparentes. “Após o laudo, ficou constatado que a causa da morte foi uma hemorragia interna provocada por várias lesões do abdome da vítima”, disse.

O homem deve responder por feminicídio e aborto sem consentimento da vítima. O mandado de prisão do suspeito já foi expedido e ele é considerado um foragido da justiça. “A vítima foi barbaramente assassinada. O indivíduo demonstrou uma frieza fora do comum”, relatou o delegado.

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