A atriz Patrícia Pillar usou suas redes sociais para denunciar o descaso com a saúde pública na Paraíba, ao contar o caso de Josefa de Farias Porto, de 73 anos, que mora em Cabaceiras e que sofre com um câncer raro. De acordo com a postagem, a família de Josefa entrou com uma ação judicial para que sua mãe tivesse acesso ao tratamento, e a autorização foi concedida pela justiça desde 2018, mas até o momento, a União e o governo estadual da Paraíba ainda não cumpriram com essa determinação.
Madalena Porto, filha de dona Josefa, afirma que a mãe sofre com um tumor neuroendócrino em coluna lombassacra, um câncer raro diagnosticado desde 2018, e que não pode ser combatido por meio radio ou quimioterapia, devido a outras complicações que a idosa já possui. O procedimento com o medicamento Lutécio custa em torno de R$ 60 mil reais, além do tratamento com medicina nuclear, só disponíveis na rede particular. Madalena salienta ainda que a família não tem condições de arcar com essas despesas e que o estado de saúde de Dona Josefa está cada vez mais debilitado, e faz um apelo às autoridades:
Dona Josefa
“Senhor governador, ajude minha mãe a fazer esse tratamento, nós dá família não aguentamos mais tanto sofrimento e não temos condições de pagar! Faço meu apelo olhe por minha mãezinha!!”, diz, emocionada.
O processo continua ativo da Defensoria Pública da União, e mesmo com decisão da 4ª Vara da Justiça Federal, dona Josefa segue sem ter acesso à medicação.
Em entrevista exclusiva para o Paraíba Feminina, a atriz Patrícia Pillar nos contou como conheceu dona Josefa e como o caso da idosa a sensibilizou. A atriz também fez um desabafo sobre o atual contexto social do país:
“Estamos vivendo um momento terrível. Educação, saúde, meio ambiente, nada disso é importante pra esse governo, pelo contrário. A Sou uma defensora árdua do SUS, que tem defeitos, tem problemas, mas é essencial para milhares de famílias no Brasil. É um sistema fundamental, pelo qual temos que lutar”, afirmou.
Sobre dona Josefa, a atriz pede humanidade. “É um caso que já se arrasta por dois anos, uma situação que não podemos aceitar. Peço uma atenção maior à essas pessoas que estão em estado de vulnerabilidade, e que estão desassistidas”.
Confira aqui:
Em contato com a Secretaria Estadual de Saúde, fomos informadas que a demanda só chegou no último dia 9 de setembro, e que a decisão é pra a União ( é responsável pelo tratamento da oncologia) indicar uma unidade pra ela fazer o tratamento. O processo já tramitou internamente e o setor de regulação vai indicar uma unidade de referência em oncologia.
Taty Valéria