Vocês estão acompanhando por aqui o caso de Pâmela Nascimento, espancada e assassinada pelo marido. Pâmela estava grávida. No último domingo (20), familiares e amigos de Pâmela se reuniram para realizar um protesto contra a morte da mulher, na cidade de Poço José de Moura, na Paraíba. No início do ano, ela teria sofrido um aborto por conta das agressões.
O ato contou com a presença de mulheres da região de Cajazeiras, Triunfo e São João do Rio do Peixe. Mais de 150 pessoas estavam presentes cobrando justiça para Pâmela às autoridades e em defesa da vidas das mulheres. Também foi feito um memorial na praça com velas e flores.
Outro protesto já havia sido registrado após a morte de Pâmela. Velas foram acendidas embaixo de uma foto e flores foram deixadas.
Vários cartazes denunciam o feminicídio sofrido pela mulher.
O principal suspeito de assinar Pamela é o seu marido, Hélio José de Almeida Feitosa, que está foragido. De acordo com a Polícia Civil, a mulher que estava grávida recebeu uma pancada na região do fígado, sofreu hemorragia interna e consequente parada cardiorrespiratória.
Diante do ocorrido, as mulheres do Poço José de Moura formaram um coletivo chamado “Mulheres à Bessa”, como uma forma de homenagear Pamela e lutar contra a violência doméstica em defesa da vida das mulheres. Para o coletivo, a polícia cometeu um grave erro por não ter decretado prisão preventiva ao principal suspeito de assinar Pamela. Segundo elas, o próprio delegado afirmou em audiência pública na última terça-feira (15) que ao raiar do dia a versão do assassino já não se sustentava mais, pois surgiram provas e testemunhas. A justificativa por ter liberado Hélio foi a de que não haveria lesões aparentes que confirmassem o feminicídio, no entanto, a denúncia foi formalizada pelos próprios profissionais do hospital de São João do Rio do Peixe devido a marcas de estrangulamento e ao fato da vítima estar com a perna quebrada.
Segundo o delegado, ele foi liberado, pois não apresentava nenhum indício de um feminicídio. Um mandado de prisão foi expedido contra ele.
De acordo com a Polícia Civil o acusado segue sendo procurado.
da redação