Ah, os cidadãos de bem…
Em 2019, depois de ter sido estuprada pelo próprio pai, uma menina de 13 anos foi morar provisoriamente com um casal de pastores evangélicos. O que parecia o fim de um sofrimento, se transformou num pesadelo ainda maior.
A menina foi novamente violentada, dessa vez pelo pastor, e com o bônus de ser agredida e torturada pela esposa, como “punição” por ter sido estuprada.
A história veio à tona depois que a Polícia Civil prendeu em Ponta Grosa (PR), o pastor de uma igreja de Mombuca (SP). O caso aconteceu em 2019, em Rafard (SP), segundo a Delegacia de Defesa da Mulher de Capivari (SP), onde ele foi apresentado na tarde desta quarta-feira (30).
O acusado estava foragido há dois meses e, além pastor, atuava como guarda municipal, segundo a corporação.
A operação para a prisão foi realizada em uma parceria entre equipes da polícia paranaense, de Piracicaba (SP) e Capivari, em cumprimento de mandado de prisão preventiva.
Segundo a polícia, a menina ficou na casa do indiciado do final de 2019 até julho de 2020 porque ele havia solicitado a guarda provisória dela em 2019, após a vítima também ser estuprada pelo pai, dos 9 aos 12 anos de idade. O pai está preso há seis meses.
Em agosto, a adolescente voltou para a casa de sua mãe, que percebeu comportamentos estranhos entre a garota e o pastor, ainda conforme as investigações.
“Vitimou tanto ela quanto as duas enteadas e, posteriormente, ele estava já com a guarda provisória desta adolescente e os abusos ocorreram tanto na casa deles como quando a guarda passou para a mãe”, relatou a delegada Maria Luísa Rigolin.
A esposa do pastor também é acusada de torturar a menina. De acordo com informações, ela praticava tortura física e psicológica. A menina era impedida de sair do quarto e era obrigada a ler a bíblia como punição por ser estuprada.
A investigação sobre a conduta do acusado continua. Testemunhas da igreja já foram ouvidas e outras adolescentes próximas do convívio dele também devem ser chamadas para prestar depoimento.
“Ele está em um processo de demissão [na Guarda Municipal] porque ele está há mais de 30 dias sem comparecer no serviço”, explicou a delegada. Não foi informada a cidade onde ele atuava como agente de segurança.