Matéria do jornal A União nesta sexta-feira (30) destaca que, durante os meses de janeiro a outubro deste ano, deram entrada no Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, aproximadamente 50 pacientes sem identificação ou em situação de rua. A maioria chega inconsciente por causa dos ferimentos e mesmo depois que acorda não sabe identificar sua localização.
Ao chegar no complexo hospitalar, quem realiza o trabalho de busca pela identidade dessas pessoas é a Assistência Social. Segundo a coordenadora do setor, Ana Valbia, o trabalho começa no momento do registro de entrada dos pacientes não identificados. “É importante ficar atento a todos os detalhes, como tatuagens e cicatrizes. Depois se traça um perfil com a descrição do tom da pele, cor de cabelo, altura, peso e idade aproximada, assim quando algumas famílias nos procuram em busca de pessoas desaparecidas já temos as principais
características dos pacientes que estão na instituição sem identificação”, salientou.
Valbia explicou ainda que após traçar o perfil do paciente, a equipe do Serviço Social encaminha um documento para assessoria de imprensa do hospital, que divulga as informações no site institucional, bem como são divulgadas nas delegacias, na tentativa de um possível contato com a família da vítima. “Como é o caso de um jovem sem identificação, de aproximadamente 33 anos, moreno e que possui uma tatuagem na mão direita. Ele deu entrada na unidade hospitalar no dia 25 de outubro e foi vítima de acidente de moto, procedente do município de Guarabira. Devido à gravidade dos ferimentos, o paciente não consegue relatar o nome e as informações de endereço”, explicou.
No Hospital de Trauma, os idosos são os que mais chegam sem os documentos pessoais. Por isto, a coordenadora do setor recomenda que os idosos só saiam de casa com uma identificação no bolso e um contato telefônico para casos de urgência. Já os jovens e os adolescentes sempre comuniquem aos pais onde estão indo e nunca esqueçam da documentação.