Ora, ora ora… quem poderia imaginar…
Depois da publicação da matéria sobre o caso de violência e racismo cometido contra duas crianças negras, e com a imagem e nome do restaurante e de seu proprietário, algumas seguidoras do Paraíba Feminina entraram em contato por meio de direct, afirmando que o tal empresário teria cometido outros crimes.
Luiz Manuel Medeiros Costa, dono do restaurante Malibu, aparentemente não tem problemas em manter sua boa imagem.
“Minha tia trabalhou lá e era tratada pior que uma cachorra. Era sempre humilhada”
“Esse homem é um cafajeste, homofóbico, intolerante, e principalmente, machista a ponto de expor a própria família para a cidade inteira. Se eu abrisse minha boca…”
“Ontem estávamos revoltadas em não aparecer na mídia o quão asqueroso esse homem é”
Esses foram alguns dos comentários que recebemos e que dão o tom.
Uma matéria publicada nesta quarta-feira (23) pelo site UOL trouxe detalhes ainda mais interessantes. Luiz Manoel Medeiros Costa já foi condenado duas vezes pela Justiça por crimes diferentes e também foi citado em uma denúncia que investigou um grupo que clonava cartões, sendo conhecido como Máfia dos Cartões.
O empresário também já foi condenado por crime contra a honra. Em 2016, uma funcionária do restaurante apresentou um atestado médico, e Medeiros publicou nas redes sociais dizendo que o atestado era falso, alegando que ela não estava doente, pois tinha ido para a festa de São João e não foi trabalhar. A médica ingressou com ação judicial, e Medeiros foi condenado pelo crime de calúnia em 2018. A defesa do empresário ingressou com embargos e, agora, ele aguarda ser intimado da condenação. O advogado disse que Medeiros admitiu que não deveria ter exposto o atestado, que agora, aguarda a punição devida.
O empresário ainda foi processado pelo Ministério Público Federal junto com mais 21 pessoas pelo crime de estelionato, em 1998, sobre a ação criminosa de clonagem de cartão de crédito, chamada a Máfia dos Cartões. A denúncia prescreveu no Superior Tribunal de Justiça, em 2016, devido à morosidade em julgar o caso.
A defesa do empresário negou que ele tenha agredido e causado o ferimento em uma das crianças. Segundo testemunhas, as duas crianças entraram no restaurante para tentar vender doces, e o proprietário teria supostamente expulsado os meninos e um deles teria sofrido agressões físicas. Um vídeo mostra que um dos meninos ficou com a orelha lesionada devido à agressão sofrida. Nas imagens, o menino está chorando e passando a mão na orelha, bastante assustado. Temos essas imagens, mas não iremos publicar.
Mas como tudo que é ruim pode piorar muito, o advogado do empresário, Afonso Vilar, afirmou que “agora tudo que acontece com preto, pobre e mulher é crime“. “Não ocorreu nenhuma agressão física. Quando o menino proferiu palavras de baixo calão, imediatamente, ele foi colocado para fora. Passou gente na hora e gerou um tumulto porque agora tudo que acontece com preto, pobre e mulher é crime“, afirmou Vilar.
Eu conto, ou vocês contam?
Taty Valéria, com informações do UOL